União Brasil sai da eleição com 10 prefeitos mas desunido em relação a 2026   

 

Com 3 deputados federais, cinco estaduais e dez prefeitos, o partido União Brasil pode enfrentar nova disputa de poder em 2025. Em 2023, a legenda passou por turbulências provocadas pelo ex-presidente nacional Luciano Bivar, contestado pelos deputados federais Fernando Filho e Mendonça Filho e ainda por Miguel Coelho, em função de decisões tomadas individualmente; e este ano por desentendimentos entre Mendonça Filho e os Coelhos, que decidiram apoiar o atual prefeito reeleito do Recife João Campos, enquanto Mendonça optou pelo caminho ao lado da governadora Raquel Lyra.

A disputa de 2025 será pela escolha da nova direção estadual, pleiteada por Mendonça e Miguel Coelho e que tem como base a eleição de 2026 quando os Coelhos desejam continuar no palanque de João Campos – não se conhece a posição de Bivar – e Mendonça apoiar Raquel Lyra. No meio de tudo isso, a bancada estadual se encontra dividida: os deputados Socorro Pimentel, Romero Sales e Edson Vieira, que vai assumir a titularidade no lugar de Cleber Chaparral, eleito prefeito, tendem a continuar apoiando a governadora e Antonio Coelho e Romero Albuquerque, o prefeito João Campos.

Apesar de já estar na Alepe no lugar de Antonio Coelho, que é secretário municipal do Recife, Edson Vieira votou com a governadora este ano e não deve mudar em 2025. Dos 10 prefeitos eleitos pelo partido 3 fazem parte do grupo de Chaparral e estarão com a governadora, segundo ele, 3 seguem Mendonça Filho e também ficam com Raquel, 2 são ligados a Luciano Bivar e 2 , o de Petrolina e Trindade, são ligados ao deputado federal Fernando Filho. Mas antes de tudo isso Miguel e Mendonça estarão juntos na decisão de levar a nacional  a cumprir o compromisso de afastar da direção estadual Marcos Amaral, aliado de Bivar, abrindo caminho para um deles.

Desunião à vista

Como a política é como uma nuvem, mudando de acordo com os ventos, pode até ser que os diversos grupos do União Brasil acabem se entendendo mas nem dentro e nem fora do partido se acredita nisso, tanto que a legenda é conhecida como “Desunião Brasil”. Hoje a sucessão estadual ganhou as ruas e vai ser difícil parar essa onda. A não ser que algo faça os Coelhos se afastarem de João Campos, caso Miguel não tenha garantida a candidatura ao Senado, o mais provável é que os problemas continuem. Mendonça foi prejudicado este ano e os Coelhos levaram a melhor. Vai aceitar o mesmo em 2025? Só o tempo dirá.

Pedro Campos agindo

O deputado federal Pedro Campos, que substituiu o irmão João Campos nas campanhas de prefeitos do PSB ou por ele apoiados na RMR, foi o portador da cobrança feita ao PT, através do senador Humberto Costa, sobre a decisão dos petistas de Paulista de declarar apoio a Ramos, candidato do PSDB a prefeito, e não ao socialista Junior Matuto. O PSB teria ameaçado tirar o apoio a Vinicius Castello, candidato do PT em Olinda, caso a posição em Paulista não fosse revista. A presidente do PT Gleisi Hoffmann teve que soltar uma nota oficial de apoio a Matuto.

A cada dia uma novidade

A governadora Raquel Lyra, como dizem os cristãos, “acordou pra Jesus”. Não só está agindo fortemente no segundo turno de Olinda e Paulista como tem quase todos os dias anunciado uma nova obra ou ação no Recife. Esta quinta-feira anunciou a recuperação dos prédios da antiga Fábrica da Tacaruna e do Liceu de Artes e Ofício, este no centro do Recife, e a construção de escolas técnicas nos dois imóveis. Antes já tinha anunciado a recuperação do prédio do Diário de Pernambuco, na Pracinha, e a inauguração do Cine São Luís, que foi restaurado.

Raquel vai ter gás financeiro para continuar, a todo vapor, no anúncio de obras e serviços?

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