Um Novo Capitão América?
Empossado há menos de um mês como presidente dos Estados Unidos, considerado o país mais poderoso do mundo, o presidente Donald Trump já ganhou o apelido de Novo Capitão América, um personagem de ficção que ganhou fama na década de 1940 quando começou a aparecer em histórias em quadrinhos como um supersoldado que defenderia os Estados Unidos contra seus inimigos na 2ª Guerra Mundial. Conta a lenda do personagem que ele era filho de imigrantes – Trump é oriundo de uma família de imigrantes – e que, através de um soro especial, transformou-se de um jovem franzino, que não conseguira ser admitido no Exército americano, em um Super Heroi com a ajuda de um soro original criado por um cientista de ficção. Forte, vigoroso e com um escudo invencível, ele acabou pontuando o universo das crianças da época, não só nos Estados Unidos. Sua fama ganhou o mundo.
Donald Trump, evidentemente, não é um Capitão América mas ganhou o apelido ao prometer tornar a América grande novamente, adotando como slogan de sua campanha a sigla MAGA (Make América Great Again) ou seja Torne a América Grande Novamente. O que não se poderia imaginar era que, incensado pela vitória incontestável nas urnas após amargar uma derrota no ano 2000, além de caçar e deportar imediatamente milhares de imigrantes, tratados como animais em aviões alugados, viesse, desde sua posse, a assombrar o mundo com propostas cada vez mais mirabolantes, colocando supostos interesses americanos acima de tudo e de todos.
Além de taxações estapafúrdias dos produtos importados, o que poderá desmantelar a economia do mundo, e de ter ameaçado anexar México, Estados Unidos, Canal do Panamá e Groenlândia, esta terça-feira ele passou de todos os limites em entrevista na Casa Branca quando anunciou que os Estados Unidos iriam ocupar a Faixa de Gaza, no Oriente Médio e chegou a sugerir a retirada dos palestinos de lá, um povo que nasceu alí e que tem o direito de lá ficar. Mas nesse dia parece que o Capitão América estava sem escudo e, como se não bastassem os carões que levou de quase todos os países do mundo, passou pela humilhação de ver seus próprios assessores desmentirem a declaração. Trump continua sendo uma grave ameaça só que, como um leão já fora de combate, o Capitão América parece que está perdendo os dentes.
Limpeza étnica
Chefes de estado e analistas internacionais acusaram o presidente americano de querer promover uma “limpeza étnica”, repetindo Hitler que, matando milhões de judeus, raça da qual Trump é oriundo, se propunha a criar uma raça superior na Alemanha, a raça ariana, só de brancos. Até o rei da Jordânia do qual o atual presidente americano se aproximou em seu primeiro mandato para firmar os famosos Acordos de Abraão, um tratado de paz entre Israel e os Emirados Árabes Unidos, rechaçou de imediato a medida dizendo que os palestinos não devem ser retirados nem de Gaza e nem da Cisjordânia.
Humberto condena semipresidencialismo
O senador Humberto Costa (PT) considera a ideia de implantar um semipresidencialismo no Brasil, motivo de uma PEC que ganha cada vez mais adeptos na Câmara Federal, como uma forma de querer “tirar poder e atribuições do presidente Lula” coisa que considera inadmissível. Ele acha que o que precisa ser feito é uma negociação entre o Executivo e o Legislativo, para reduzir as emendas parlamentares que já consomem 1/3 do valor disponível no Orçamento da União para projetos governamentais. Vai ser difícil chegar a isso mas vale a intenção.
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Quem vai conseguir parar Trump?
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