Trio de 2022 será o mesmo de 2024

 

Com dificuldade de conseguir apoio político para sua candidatura em 2022, a governadora Raquel Lyra formou um trio que a acompanhou até o final do primeiro turno: ela própria, a comandante do time; sua vice Priscila Krause, que reforçou na população a imagem de um Governo 100% feminino, e o candidato a deputado federal Daniel Coelho. Daniel e Priscila estavam com ela desde a campanha de 2018 quando receberam seu apoio para conquistar os mandatos de deputada estadual e deputado federal.

Este mesmo grupo vai estar presente nas ruas do Recife em 2024 com a praticamente certa candidatura a prefeito do atual secretário de turismo, Daniel Coelho. Se alguma dúvida havia sobre a escolha de Daniel para disputar o cargo de prefeito da capital, ela dissipou-se nas últimas semanas quando Priscila declarou que não quer ser candidata, preferindo continuar junto da governadora ajudando a cuidar de Pernambuco, e quando a governadora inseriu o secretário em sua agenda na capital e no Grande Recife – algumas vezes no interior – de forma acintosa.

Ao mesmo tempo, Daniel tem estado de forma constante nas redes sociais – antes era mais tímido – exaltando o desempenho do Governo. Não tem falado apenas de sua pasta. Quem conhece o estilo Raquel sabe que, se um secretário está mais desenvolto na comunicação, vem agindo de conformidade com a orientação do Palácio das Princesas. Em alguns desses vídeos ele fala ao lado da governadora e interagindo com ela. Nenhum outro secretário goza desse privilégio, apesar de Daniel ser político e os demais não. Hoje quem acompanha as redes sociais, em especial o instagran, se depara várias vezes com vídeos dos três, separados ou juntos.

Pior sem ela

A popularidade da governadora, que é destaque nacional nas mídias digitais entre os governadores – ela só perde para Tarcísio de Freitas, de São Paulo, que herdou o acompanhamento dos bolsonaristas – ainda não se reflete nas pesquisas que os candidatos a prefeito vêm fazendo, para consumo próprio, no Recife e no interior. Na Assembléia Legislativa deputados citam dados ainda preocupantes na comparação da aprovação do Governo com a desaprovação mas só a partir de agora vai ser possível sentir o impacto da atuação da Raquel que demorou muito a por em prática seus projetos. Além disso é melhor ter seu apoio, em se tratando de candidato da ala governista, do que não ter.

Presença de Daniel

Com expressiva densidade eleitoral na capital, o secretário Daniel Coelho já disputou duas vezes a eleição de prefeito do Recife. Ambas pelo PSDB. Em 2012, contra o candidato do PSB, Geraldo Júlio, quando ficou em segundo lugar com 27,65% das intenções de voto (Geraldo teve 51,15% e venceu no primeiro turno), e em 2016 quando enfrentou Geraldo Júlio (disputou a reeleição), João Paulo (PT), e Priscila Krause(DEM). O resultado do primeiro turno mostrou Geraldo com 49,34% dos votos, João Paulo com 23,76%, Daniel com 18,59% e Priscila com 5,43%. No segundo turno Geraldo teve 61,30% e João Paulo 38,70%.

MDB com Izaías

O MDB está mesmo decidido a ocupar todos os espaços para eleger o maior número de prefeitos no próximo ano. Além do senador Fernando Duere, junto com o deputado estadual Jarbas Filho, o prefeito de Vitória de Santo Antão, Paulo Roberto Arruda e agora o presidente estadual Raul Henry, estão em campo percorrendo municípios onde o partido pode ter candidato majoritário ou onde pode se compor politicamente. Este final de semana, Raul esteve em Garanhuns com o candidato a prefeito Izaías Regis (PSDB), confirmando o apoio emedebista a seu nome.

PT saiu da toca

O PT se movimenta bastante pelo interior e Região Metropolitana. Além de já ter candidatos pela legenda no Grande Recife, em Jaboatão (Elias Gomes) e em Paulista (Ives Ribeiro), deve mesmo indicar o vice do prefeito do Recife, João Campos. Em Caruaru, a deputada estadual Rosa Amorim tenta se consolidar com apoio dos senadores Humberto Costa e Teresa Leitão mas há um obstáculo no caminho que é o candidato José Queiroz (PDT) que já apelou até para Lula em busca o apoio petista à sua candidatura. Em Petrolina um nome forte é o ex-deputado Odacy Amorim mas lá, por enquanto, a tese é de união dos candidatos de oposição e o PT pode estar nesse grupo.

Pergunta que não quer calar: Quando a Polícia Civil e o MPPe vão falar sobre a conclusão dos inquéritos envolvendo o padre Airton Freire?

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