Terceiro maior partido do país, União Brasil, cobiçado por João Campos, continua indefinido

 

Apesar de estar bem nas pesquisas, o prefeito João Campos ainda  não conseguiu fechar uma equação fundamental para sua campanha: o tempo de TV e Rádio. A Justiça Eleitoral ainda não disse, oficialmente, quantos minutos  de cada legenda terá, diariamente, na propaganda gratuita mas já se sabe que o 1.o lugar é do PL – o partido de Bolsonaro – que tem 95 deputados federais, o segundo é da Federação PT/PCdoB/PV que elegeu 81 deputados, o terceiro é do União Brasil com 59 deputados e o quarto é do PP com 50 deputados.

O PL está fora do radar do prefeito pois já tem pré-candidato no Recife, o ex-ministro Gilson Machado. O PT é hoje fundamental para João. Sem os petistas no palanque a situação  do PSB pode se complicar. O PP, que é o quarto colocado, já declarou que acompanha o candidato da governadora Raquel Lyra, Daniel Coelho. Dos maiores, resta agora o União Brasil que está indefinido e só deve se pronunciar entre junho e julho, segundo o presidente municipal da legenda, o deputado federal Mendonça Filho, ouvido por este blog.

Recentemente o prefeito conseguiu levar para sua base o MDB, o quinto partido em numero de deputados (44) e o sétimo, o Republicanos, com 42 deputados ,mas o PSD, o sexto, com 43 deputados, está com Daniel Coelho. O que isso significa? Que, mesmo tendo o PT, se desejar ganhar a eleição no primeiro turno, João Campos precisa ir mais além e trazer para si o União Brasil. Daniel, que já tem o PSD e o PP com certeza, se conseguir o apoio do União pode dar trabalho. Sem falar na confusão que o bolsonarismo pode fazer no tempo a ser utilizado por Gilson Machado. Há mais de 15 dias, os bolsonaristas têm espalhado pelas redes sociais, nas quais são expert, vídeos bem produzidos de críticas ao prefeito, que são replicados por milhares de seguidores.

União dividida

           O União Brasil, que tem como presidente o deputado federal Mendonça Filho, estaria mais perto de uma composição com a governadora Raquel Lyra. O problema é que a família Coelho ,de Petrolina, que também faz parte do União Brasil, se uniu a João e, a seu modo, pressiona Mendonça no mesmo sentido. Em que isso vai dar? É difícil saber mas o tempo fechou-se para o prefeito  quando ele filiou sua secretária de finanças no partido, colocando-a no rol dos pré-candidatos a vice, sem antes se entender com Mendonça, que se encontrava no Exterior quando o fato aconteceu. O deputado explicitou publicamente sua insatisfação e fechou-se em copas. Só tem conversado com a direção nacional da legenda, na qual tem assento, e com ninguém mais.

Mendonça no adeus a Rosália

         Vice-governador de Pernambuco no tempo de Jarbas Vasconcelos, quando a jornalista Rosália Lima, que foi sepultada ontem, era secretária-adjunta de Imprensa, o deputado federal Mendonça Filho fez questão de comparecer ao velório para se solidarizar com a família de Rosália. Muitos jornalistas que foram colegas de Rosália estiveram presentes e testemunharam  a competência dela, sua retidão de caráter e a defesa da categoria, mesmo correndo o risco de retaliações. Ela atuou como membro do Sindicato do Sindicato da classe na época do presidente Evaldo Costa.

Terça é o dia “D”

         Esta terça-feira será finalmente votado em plenário da Assembléia Legislativa o projeto da governadora Raquel Lyra, debatido à exaustão durante quase dois meses, apesar de estar em regime de urgência. A pressão da Oposição, que desejava antecipar para 2025 o fim das faixas e não 2026, como propôs a governadora, levou a matéria a se estender nos debates e votações nas comissões. A expectativa é de que Governo vença no plenário mas os deputados do PL de Bolsonaro prometem lotar as galerias de policiais militares para pressionar os colegas no sentido contrário.

 

Qundo o União Brasil vai sair de cima do muro na eleição do Recife?

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