Síria: sai acusado de crime contra a humanidade e entra ex-terrorista procurado pelos EUA

Diversos líderes mundiais festejaram neste domingo – entre eles o atual e o futuro presidente dos Estados Unidos, Joe Biden e Donald Trump – a queda da ditadura de 54 anos que dominava a Síria e cujo comandante atual, Bashar Al-Assad, está sendo denunciado por crimes contra a humanidade. Ele é acusado de ter usado armas químicas e submetido à tortura e morte cruel cerca de 500 mil sírios que lhe faziam oposição desde que reprimiu, violentamente, os comandantes da Primavera Árabe, um movimento civil que pregava a volta à democracia no país, organizado via Internet.
Em diversos países, após a Primavera Árabe, comandada por jovens, os regimes passaram por mudanças para melhor, mas em alguns poucos, entre eles a Síria, a resposta da ditadura foi feroz e não era engolida até hoje, nem pela população Síria e nem pelos organismos internacionais. De tão podre, o Governo de Bashar Al-Assad caiu após 10 dias de um bem articulado ataque de rebeldes de todos os matizes. O ditador, que estava sendo mantido no poder pelo Irã e pela Rússia, ambos enfraquecidos, respectivamente, pelos ataques de Israel ao Irã, Hammas e Hezbollah e pela guerra na Ucrânia, fugiu com sua família para Moscou, onde se encontra protegido por Putin, do qual é amigo.
Mas a situação na Síria não vai ser tão fácil de ser administrada. Quem apareceu como comandante do levante e falando por ele foi Abu Muhammed Al-Joulani, definido como terrorista pelos Estados Unidos, União Europeia e Turquia e por cuja captura os Estados Unidos estavam oferecendo US$ 10 milhões de dólares. Ele domina a HTS, uma das maiores milícias insurgentes na Síria, e foi o comandante da Al Qaeda naquele país, quando ganhou a classificação de terrorista. Como membro da Al Qaeda lutou contra os Estados Unidos no Iraque e teria sido instruído pela organização a derrubar Assad e estabelecer a lei islâmica sharia na Síria, a mesma praticada pelo Talibã.
Alegria e receio
Não havia como não comemorar a queda de uma ditadura sanguinária que submeteu por 54 anos o povo sírio mas, ao verem Abu Muhammed Al-Joulani falando pelos rebeldes dentro de uma Mesquita, – apesar da guerra civil, a Síria respeita a liberdade religiosa- comentaristas internacionais chamaram atenção para o tom sereno do Joulani, falando em respeito a todos, advertindo que é preciso por á prova suas intenções. O pesquisador francês Thomas Pierret, do Instituto de Pesquisas CNRS (Centro Nacional de Pesquisas Científicas) da França, chegou a defini-lo como “radical pragmático”.
Pragmatismo de conveniência
Muitos analistas chegaram a imaginar que Joulani esteja praticando um pragmatismo de conveniência para ganhar credibilidade neste momento e depois radicalizar. Sua presença na Mesquita seria um exemplo disso. Ele deixou de usar o turbante que mantinha como peça fundamental no guarda roupa e ontem apareceu de uniforme verde de estilo militar. Joe Biden, o primeiro ministro de Israel , Benjamin Netanyahu, que classificou o dia de ontem como “histórico”, e vários outros líderes mundiais falaram da necessidade de ajudar a população da Síria a se reerguer como democracia. Ou seja, Jolani, se quiser endurecer, vai encontrar obstáculos pela frente. Mas que é temido, isto é.
Francismar e Nossa Senhora
Ontem, dia de Nossa Senhora Aparecida, o deputado estadual Francismar Pontes, eleito 1.o secretário da Assembleia Legislativa, recebeu muitos políticos, como é de praxe, em sua casa em Casa Amarela, bairro onde é muito bem votado. Por lá passaram de João Campos a Gilson Machado que estava acompanhado do deputado coronel Alberto Feitosa. Também presente o presidente da Assembleia Legislativa, Álvaro Porto, que, em entrevista ao blog Ponto de Vista, pregou a união no legislativo.

O que pensa fazer na Síria Abu Mohammed Al-Joulani, líder dos rebeldes e adepto da sharia, mesma doutrina do Talebã?
E-mail: redacao@blogdellas.com.br/terezinhanunescosta@gmail.com