Raquel recebe Lupi e Wolney no Palácio e inicia inclusão de novos partidos à sua base

Esta quinta-feira a governadora Raquel Lyra deve iniciar uma virada de chave em sua base de sustentação política. Recebe em Palácio, após um grande período de diálogo, o presidente nacional do PDT, ministro da Previdência Carlos Lupi e o presidente estadual de legenda ex-deputado federal Wolney Queiroz, ao lado do novo secretário de criança e juventude, que será empossado na ocasião: Ismênio Bezerra, indicado por Lupi e Wolney. A governadora, que prometeu manter “o pé no acelerador em 2024” e passou dois dias no sertão fazendo entregas, abre as portas do Palácio para o PDT depois de ter incorporado à sua administração do PP – desde o início – e, recentemente, o PSD, do ministro André de Paula que responde pela secretaria de Cultura, com Cacá de Paula.

As apostas no mundo político se voltam agora para as legendas com as quais ela tem conversado e que ainda estão indecisas entre o apoio ao prefeito João Campos e a incorporação ao campo político do Palácio: o MDB e o União Brasil. Ambos ocupam secretarias na Prefeitura do Recife mas também têm espaço no Governo. Ontem, porém, uma fonte deste blog, que acompanha as costuras nas coxias, informou que uma coisa Raquel não vai aceitar que é uma postura híbrida das legendas. “ Ela não vai se entender com um partido que pensa em apoiar o prefeito João Campos agora e ela própria em 2026. O apoio terá que ser 100% em 2024 e 2026”.

Com estilo próprio de trabalhar, a governadora tem estressado bastante as pessoas com as quais trata de política. Além da demora nas costuras, ela pede aos interlocutores discrição para que nada vaze antes do prego estar batido e a ponta virada. No caso do PDT há tempo se sabia que estava tudo acertado, o nome do novo secretário escolhido mas todos conservavam a boca fechada. Quem acabou relevando foi o ministro Carlos Lupi que precisava definir sua agenda e quando conseguiu fechar foi nesta terça-feira, tornando público o assunto, por fim, confirmado pelo Palácio.

Requerimento tem 40 assinaturas

Quarenta dos 49 deputados estaduais já assinaram requerimento para convocação do secretário da Casa Militar do Governo do Estado à Assembleia com o objetivo de dar explicações sobre a presença de sargento da área de informação da PM em reunião fechada da Alepe com a presença de sindicalistas e deputados. O fato aconteceu esta terça pela manhã e causou indignação. O requerimento foi apresentado pelo presidente da Alepe, deputado Alvaro Porto.

PP em Olinda

O PP, que está fazendo questão de lançar candidatos nos principais municípios metropolitanos – a exceção é o Recife – já marcou para o dia 1.o de março sua convenção em Olinda quando empossará como presidente municipal do partido o atual vice-prefeito Márcio Botelho, pré-candidato a prefeito. Márcio está rompido com o prefeito professor Lupércio que tem como candidata a atual secretária da fazenda, Mirella Almeida.

France 100% com Raquel

O deputado estadual do PSB, France Hacker, que já faz parte da base de apoio da governadora na Assembléia, está levando o seu grupo político na Mata Sul para o PSDB. Recebidos pelo presidente Fred Loyo assinaram a ficha de filiação esta segunda-feira o prefeito de Belém de Maria, Rolf Junior, o de Joaquim Nabuco, Charles Batista e mais Hildo Hacker de Serinhaém; Dayse Hacker, de Barreiros; Jadson Caetano pré-candidato a prefeito de Escada; o presidente da Câmara e Serinhaém, Berg Hacker; e o ex-deputado estadual Marcos Barreto, de Joaquim Nabuco.

PSB com poucas adesões

Entre os maiores partidos que estão aproveitando esse início de ano para mostrar força na eleição municipal de outubro, o mais tímido é o PSB. Mesmo levando para o interior o deputado federal Pedro Campos as costuras feitas até agora não chegam nem perto da dimensão que a legenda alcançou nos governos Eduardo Campos e Paulo Câmara. Os destaques têm sido, por enquanto, PSDB, MDB, PP, PSD, Republicanos e Solidariedade. A ex-deputada federal Marília Arraes quase todos os dias anuncia um candidato a prefeito pelo Solidariedade, seu partido.

O prefeito João Campos vai mesmo “nevar” sua cabeleira no carnaval?

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