Raquel recebe apoio dos 3 principais grupos políticos de Serra Talhada e tenta conquistar todo Sertão

 

Na busca por apoio político para disputar a reeleição, a governadora Raquel Lyra conseguiu o que parecia impossível até pouco tempo atrás: ter o apoio dos três grupos políticos do município de Serra Talhada, um dos principais polos do sertão do estado. Com a posse esta segunda-feira do ex-prefeito Emmanuel Fernandes (Manuca), do Avante, como secretário de Desenvolvimento Profissional e Empreendedorismo e do ex-candidato a prefeito Miguel Duque(Podemos) como presidente do Instituto Agronômico de Pernambuco, em solenidades presididas pela governadora em exercício, Priscila Krause, a governadora fecha o cerco político naquele município. Ela já tinha o apoio da prefeita Márcia Conrado(PT) e do deputado estadual Luciano Duque (Solidariedade) e agora se juntam ao grupo governista os irmãos Waldemar e Sebastião Oliveira(Avante).

Também toma posse nesta segunda como novo secretário de turismo e lazer, o deputado estadual Kaio Maniçoba, do PP.  A posse de Kaio abre espaço na Assembleia para a primeira suplente do PP,  deputada Roberta Arraes, de Araripina. Com isso, a governadora, que já tem o apoio naquele município do ex-prefeito Raimundo Pimentel e de sua esposa, a deputada Socorro Pimentel, atual líder do Governo na Assembleia, passa a contar com o ex-prefeito Alexandre Arraes e a própria Roberta, adversários de Raimundo e Socorro Pimentel. Roberta também pode atrair para o palanque governista o atual prefeito de Araripina, Evilásio Cardoso (PDT).

Para fechar o cerco no sertão, a governadora passa a depender do grupo Coelho, de Petrolina, dominante, politicamente, na Região do São Francisco e hoje comandado pelo ex-prefeito de Petrolina, Miguel Coelho. Ela tentou uma reaproximação convidando Miguel, com o qual se reuniu no Palácio das Princesas, em janeiro, para compor seu secretariado mas ele não aceitou. Os Coelhos ocupam no momento a secretaria de turismo da Prefeitura do Recife e são aliados do prefeito João Campos mas a Federação  que está sendo formada entre o PP e o União Brasil, presidido no estado por Miguel, obriga as duas legendas a apoiarem o mesmo candidato a governador em 2026. O PP está com Raquel desde o início da administração e é a legenda que vai comandar a Federação no estado.

Protagonismo de Priscila

A governadora Raquel Lyra e a vice Priscila Krause vão ocupar cada vez mais espaço nas mídias sociais a partir de agora. Podem aparecer juntas em uma mesma postagem mas estarão também separadas, levando o Palácio a duplicar o número de inserções para mostrar as obras e os serviços que estão sendo prestados aos pernambucanos. Nestes dias de férias, Raquel não só viajou ao Canadá como confiou à vice o protagonismo político. Foi Priscila que encerrou os acertos com os partidos que começam a fazer parte da estrutura governamental e que empossará os escolhidos. Nesta segunda, em horários diferentes, ela dará posse aos dois novos secretários e ao presidente do IPA. Na quinta à secretaria de Esportes, Ivete Lacerda, indicada pelo deputado federal Mendonça Filho.

Os Coelhos entre União Brasil e PDT?

Desde que o PP aprovou a formação de uma federação com o União Brasil, a família Coelho, de Petrolina, escolheu o silêncio como resposta mas nos meios políticos circulam evidências que Miguel Coelho, atual presidente estadual do União Brasil, estaria conversando com outros partidos para uma eventual necessidade de migrar para uma legenda que lhe garanta a vaga para o Senado. Um opção seria o PDT, partido que pode fechar com o prefeito João Campos e é comandado por Wolney Queiroz, amigo do prefeito do Recife.

Com todo o rebuliço que vem provocando nos meios políticos nos últimos 15 dias, a governadora Raquel Lyra vai conseguir, enfim, turbinar sua reeleição?

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