Raquel está com o prato e o queijo na mão para interferir na eleição de Caruaru

O município de Caruaru, que nunca teve um governador para chamar de seu, está em lua de mel com a governadora Raquel Lyra. Sua administração é aprovada por mais de 60% da população caruaruense, na média das últimas pesquisas divulgadas. O segundo lugar é do presidente Lula com índice variando entre 50 e 55%. Quem não queria ter Raquel no palanque? Nada mais nada menos que o prefeito Rodrigo Pinheiro, seu ex-vice, que a esnobou em 2023 anunciando a saída do PSDB, partido pelo qual se elegeram, e a mudança para o Republicanos, do ministro Silvio Costa Filho. Pensando em, através de Sílvio, receber o beneplácito do presidente Lula – chegou até a fazer declarações nesse sentido – o prefeito está em maus lençóis. Sua anunciada filiação ao Republicanos subiu no telhado e não vai se concretizar como revelou ontem a este blog uma alta liderança da legenda.

O motivo foi uma audiência que o adversário de Rodrigo, o ex-prefeito José Queiroz, do PDT, teve com o presidente Lula acompanhado de Wolney Queiroz, seu filho e ex-deputado federal. Vazou do encontro que o presidente disse a Queiroz que vai apoiá-lo e o teria persuadido a procurar o PT e o Republicanos. O PT ainda mantém a pré-candidatura da deputada estadual Rosa Amorim mas pode refluir, já o Republicanos não sustenta mais o convite feito a Rodrigo e deve apoiar Queiroz. Ontem o prefeito esteve com a governadora para discutir o cenário, mas deve ter encontrado um ambiente bem diferente.

Uma fonte palaciana disse a este blog que está acelerado o processo que pode levar o PDT de Queiroz a fazer parte da base de apoio da governadora e concluiu “se isso acontecer será com a concordância de Queiroz e Wolney”. Num caso desses, têm-se como certo que a governadora ou apóia Queiroz ou, no máximo, fica neutra na disputa caruaruense, o que será bom para o PDT e péssimo para o prefeito. As pesquisas de intenção de voto mostram a possibilidade de uma disputa apertadíssima na capital do agreste. Nesse quadro o prefeito depende, desesperadamente, do apoio da governadora. Até para conseguir a neutralidade dela terá que voltar ao PSDB, dando por encerrada a sua efêmera rebeldia política.

Mais de um candidato

Além de Caruaru onde é difícil mas não impossível a governadora ter o apoio de mais de um dos candidatos a prefeito, em outros municípios também há possibilidade de acontecer o mesmo. Em Araripina, a deputada estadual Socorro Pimentel, é da base da governadora e vai ter um candidato ao lado do esposo o atual prefeito Raimundo Pimentel. Já a oposição é comandada pela ex-deputada Roberta Arraes que é do PP, partido da base de Raquel. Em Ipojuca, só para citar esses dois exemplos, a prefeita Célia Sales busca o apoio do PSDB para sua candidata Adilma Barbosa e a oposição pode ter como candidato o ex-prefeito Carlos Santana, esposo da deputada estadual Simone Santana, que vota com a governadora na Assembléia, mesmo sendo filiada ao PSB.

Partidos ganham o interior

Os presidentes dos principais partidos políticos, acompanhados dos seus deputados, estão percorrendo o interior para fechar alianças com vista às eleições municipais. Os destaques são o deputado federal Eduardo da Fonte(PP), o ex-prefeito de Jaboatão Anderson Ferreira (PL), o senador Fernando Dueire e o ex-deputado federal Raul Henry (MDB). Quem também ganhou o mundo esta semana foi o PSB. O presidente Sileno Guedes e o deputado federal Pedro Campos estiveram juntos no sertão e no agreste visitando aliados.

Novo tem candidato

O partido Novo terá candidato a prefeito do Recife. O escolhido é o advogado especializado em gestão, Técio Teles. Já foi candidato a vereador do Recife. Foi diretor de administração e planejamento no Ministério da Educação (2017-2019) e chefe de gabinete da vice-governadora Priscila Krause, em 2023. O Novo se propõe, segundo a direção estadual, “a atuar, de forma clara, no campo da direita”.

Quantas solenidades a governadora Raquel Lyra já realizou para entrega de viaturas às polícias e bombeiros?

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