Raquel e Priscila celebram Data Magna com solenidade na Praça da República

 

Nesta segunda-feira, 06 de março, Data Magna de Pernambuco, a governadora Raquel Lyra e a vice Priscila Krause comandarão as comemorações do aniversário da Revolução de 1817, considerada pelos historiadores como “a única revolução brasileira digna deste nome” na definição de Oliveira Lima. Ela também é definida como “último movimento separatista do período colonial “ através do qual os pernambucanos decretaram a independência do estado frente à Coroa Portuguesa. O estopim foi a grande carga de impostos cobrados pelos Portugueses para manter a corte de Dom João VI que se mudara para o Rio de Janeiro.

Ao contrário de outros movimentos separatistas no país, inclusive a Inconfidência Mineira, que defendiam apenas a separação de Portugal, a Revolução de 1817 teve Governo próprio; uma nova Constituição, escrita pelos revoltosos; defendia a Proclamação da República; a instituição dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário; a liberdade de imprensa e de culto e o fim do pagamento de impostos. Pela abrangência que tomou, conseguindo a adesão da população a uma revolta conduzida inicialmente pela elite econômica e política da Província, militares, comerciantes e padres, e por ter levantado a bandeira dos direitos civis e da democracia, 1817 também é chamada de “Primeira Revolução Social Brasileira”. Outros a chamam de “Revoluçao dos Padres” por ter sido gestada no Seminário de Olinda e dela terem participado 70 padres, incluindo o Frei Caneca.

Os seus comandantes foram Domingos José Martins, José de Barros Lima, Cruz Cabugá (designado embaixador de Pernambuco nos Estados Unidos) e o padre Antonio Ribeiro. A revolta durou 75 dias, tempo em que D. João VI organizou uma investida de tropas leais a Coroa contra os pernambucanos, a esta altura apoiados pelo Rio Grande do Norte e Paraíba. Nos embates centenas de revoltosos perderam e vida e, no final, com a vitória da Coroa, 14 dos principais líderes, incluindo os quatro comandantes, foram enforcados ou fuzilados em praça pública para servir de exemplo. Outros morreram na prisão em Salvador, para onde foram levados.

Bárbara de Alencar primeira presa política

Uma mulher se destacou em 1817, a cearense Bárbara de Alencar, que enviara os filhos para combater ao lado dos revoltosos no Recife. Ela acabou presa pelos portugueses e hoje é citada como “a primeira presa política do Brasil”. Além das mortes relatadas, D João VI, com receio do movimento pernambucano se espalhar pelo país, tirou do estado a Comarca do São Francisco, uma grande extensão de terras anexadas à Bahia e até hoje não devolvidas.

Celebração ainda pequena

Apesar de ser reconhecido nacionalmente como um dos estados de história mais rica do país, Pernambuco foi uma das últimas unidades da Federação a celebrar sua Data Magna. Isso aconteceu por iniciativa da Assembléia Legislativa que ouviu os pernambucanos, com o apoio da imprensa, em enquete praticada em todo o estado em 2007. Foram citadas quatro datas importantes e o povo escolheu o 06 de março, data instituída como Magna pela Alepe. Em 2017, nos 200 anos de comemoração da Revolução, a Alepe decretou feriado o 6 de março, de acordo com a lei federal que criou as Datas Magnas. Hoje estados como São Paulo, Bahia, Minas Gerais e Rio de Janeiro fazem grandes festas para comemorar suas Datas Magnas. Pernambuco, por enquanto, está restrito a uma solenidade na Praça da República, onde foi erguido um memorial aos revoltosos.

Raquel começa ouvir cobranças

A governadora Raquel Lyra teve seu discurso na posse da nova presidente da Fundaj esta sexta-feira interrompido por um homem na plateia que lhe pediu explicações sobre o atraso no pagamento do salário das merendeiras. A governadora, que tinha dado uma reposta sobre o caso nas redes sociais esta quinta, estava começando a falar e emendou“. É sobre isso. É sobre fazer de Pernambuco um estado educador” e prosseguiu com seu raciocínio, não aceitando a provocação

Lula ataca mais Roberto Campos

O presidente Lula, que vem se insurgindo contra as taxas de juros e o presidente do Banco Central, Roberto Campos, fez críticas ainda mais duras ao comandante do BC esta quinta-feira. “Por que esse cidadão que não foi eleito para nada acha que tem o poder de decidir as coisas?” – disse Lula e acrescentou “Ele não tem que pensar como ajudar o Brasil, como falou, tem é que baixar a taxa de juros”. Economistas e consultores apontam a necessidade da taxa mais alta para controlar a inflação e falam em desastre se o aumento dos preços disparar. O presidente pensa diferente e Roberto Campos é que tem pago a conta.

Pergunta que não quer calar: quem vai ganhar a briga para derrubar a taxa de juros, Lula ou Roberto Campos?

E-mail: terezinhanunescosta@gmail.com

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