Raquel define seu destino partidário até final de fevereiro e pode integrar a base de Lula
Sob o argumento de que não pode adiar mais sua decisão, a governadora Raquel Lyra, segundo apurou este blog junto a pessoas de sua convivência, vai anunciar até o final de fevereiro o seu destino partidário. Se nada de substancial acontecer até lá, ela vai mesmo para o PSD, como já comunicou a alguns prefeitos mais próximos. Com a ida para o PSD, um partido aliado ao presidente Lula, ela passaria a integrar a base de apoio do presidente, abrindo caminho para consolidar a aliança branca que já tem com o Partido dos Trabalhadores, através da bancada da legenda na Assembleia. Ela também anda conversando com o senador Humberto Costa, como este blog já revelou.
A governadora analisou a possibilidade de ingressar no MDB, quando o partido discutiu com o PSDB uma fusão dos tucanos com a legenda, mas concluiu que, devido a diversidade de grupos que tem o MDB, uma discussão dessa natureza ia demorar muito e ela não quer prolongar mais seu destino partidário. Já o partido atual da governadora, o PSDB, está para concluir uma fusão com o PSD. A legenda tucana, que já foi de Fernando Henrique, José Serra e Geraldo Alckmin entre outros, está cada vez menor, e deseja convencer os governadores do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, e do Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel a seguir com o partido o mesmo caminho de Raquel. Mas, pioneira na aproximação com Kassab, a governadora iria para o PSD, mesmo se, por acaso, o PSDB não fosse.
Ela tinha planejado decidir seu caminho partidário antes do final do ano mas a novidade surgida com a possibilidade de fusão do PSDB com o PSD e o apelo dos tucanos para ela aguardasse um pouco mais, proporcionando a chegada conjunta da legenda ao PSD, partido dirigido nacionalmente pelo secretário da Casa Civil do Governo de São Paulo, Gilberto Kassab, ela resolveu aguardar um pouco mais. Agora, porém, acha que chegou o momento de colocar os pontos nos iis.
O escorrego da “greve” dos ônibus
A greve de quase um dia dos motoristas de ônibus da Região Metropolitana pegou o Governo de surpresa. Quando o presidente do Consórcio Grande Recife, Matheus Freitas, conseguiu desmentir a informação dada à imprensa por um dos dirigentes da Urbana de que os salários dos motoristas e demais trabalhadores do setor havia atrasado porque o Governo do Estado não teria repassado a tempo os recursos do subsídio, a população prejudicada pela greve já estava convencida que a culpa era da governadora. Este blog apurou que o subsidio de novembro foi pago dia 20 de janeiro quando o Governo tinha até o final do mês para fazê-lo. Fala-se em má fé ou mesmo boicote. Hoje o Estado paga R$ 300 milhões anuais de subsídio ao setor.
Vereadores dão nota oficial
Os vereadores de oposição da Câmara Municipal do Recife divulgaram no final da tarde desta quinta-feira uma nota de repúdio à Prefeitura do Recife, informando que o vereador Thiago Medina, do PL, foi impedido de ter acesso à obra de construção da creche Aeroclube. “ Repudiamos veementemente a postura adotada pela Prefeitura do Recife e exigimos que sejam tomadas as devidas providências para garantir o pleno exercício do mandato parlamentar” – diz o texto alegando que a obra teve vários aditivos e o vereador queria fiscalizar o seu andamento.
Depois de ter solicitado que a governadora integrasse a base do presidente Lula, como o PT de Pernambuco vai agir caso ela anuncie como previsto a ida para o PSD, que tem três ministros nomeados na equipe de Lula?
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