PT é primeiro partido no estado a atingir paridade de gênero em seu núcleo central

A paridade de gênero na política é uma tese que tende a crescer cada vez mais. Pernambuco, estado excessivamente machista, sobretudo em se tratando de política, até agora não teve uma mulher como prefeita de sua capital mas, em 2022, de forma surpreendente, o eleitorado  apostou fundo no poder feminino elegendo duas mulheres para comandar o Governo – a titular Raquel Lyra e a vice Priscila Krause –  e garantiu à senadora Teresa Leitão a primazia de ser a primeira mulher pernambucana a ocupar vaga no Senado Federal.

  A ascensão de Teresa em seu partido, o PT, levou o senador Humberto Costa – por muitos anos o maior condutor das decisões partidárias – a precisar dividir o comando com a nova colega, levando os petistas a terem hoje uma direção de fato dividida entre um homem e uma mulher. Se antes se tentava saber o que acontecia no ninho petista acompanhando os passos de Humberto, hoje os holofotes também se voltam para Teresa. Desta forma, apesar de Humberto, com a ajuda do ex-prefeito e atual deputado estadual João Paulo Silva, ter conseguido eleger a atual direção estadual proveniente, em sua maioria, das bases rurais representadas pelos sindicatos vinculados à Fetape, Teresa conseguiu conquistar a direção do partido no Recife, definidora do processo eleitoral na capital.

A predominância de Teresa no Recife fez com que a disputa pela vice do prefeito João Campos se bifurcasse: de um lado está o médico e ex-vereador da capital, Mozart Sales, apoiado pela senadora e pelos petistas recifenses; e, do outro, o deputado federal Carlos Veras, nome apoiado por Humberto e pela direção estadual. Mas como o PT é um dos poucos partidos que tem diretório na capital, cabe a este tomar as decisões maiores, a não ser que, como às vezes acontece e desta vez pode se repetir, o martelo final venha a ser batido pelo presidente Lula ou pela presidente nacional Gleisi Hoffmann que já veio ao Recife há dois meses dizer que não trabalha com a possibilidade de o PT não fazer o vice de João Campos.

Destaque no Senado

                          O PT sempre teve em Teresa Leitão uma figura política feminina em ascensão. Com cinco mandatos consecutivos de deputada estadual e forte influência entre os trabalhadores da educação, a atual senadora era ouvida a nível nacional mas nem de perto tinha a consideração de que gozava o senador Humberto Costa. Em apenas um ano de mandato, todavia, tem surpreendido o partido, no comando dos debates sobre educação na comissão da qual faz parte no Senado e é destaque em mais 6 comissões. Em 2023, no prêmio Congresso em Foco ficou entre os 5 melhores senadores do país e foi a segunda mais votada entre os senadores do Nordeste. No Ranking dos Politicos ficou em 60.o lugar entre os 594 congressistas (senadores e deputados federais).

Cristovam de olho na educação

          O ex-senador Cristovam Buarque, que já foi ministro da educação, publicou ontem em suas redes sociais dois gráficos elaborados segundo ele com base no Censo de 2022. Neles Pernambuco teria naquele ano 59,9% dos diretores de escolas escolhidos por indicação política, ficando em 12.a posição nacional em ordem decrescente. Já no números de matrículas em escolas de tempo integral Pernambuco está na sétima posição nacional (21,19% dos alunos) A primeira é ocupada pelo Ceará com 40,7% das matrículas em escolas integrais. Em seguida vêm Piauí, Tocantins, Paraíba, Maranhão, e São Paulo(24,92%).

Murilo em debate sobre segurança

       O secretário de segurança cidadã do Recife, Murilo Cavalcanti, vai participar do “Pacto pelo Rio” um debate sobre as saídas para a segurança pública do Rio de Janeiro. Entre os debatedores há ministros do Supremo, como Luís Roberto Barroso e Gilmar Mendes, o governador Claúdio Castro, o prefeito Eduardo Paes, ministros e o diretor-geral da PF. Mutilo foi convidado pela experiência que acumulou na impantação e gerenciamento dos Compaz nos últimos 12 anos. Entre os organizadores estão a FGV e a Rede Globo. 

O PT vai levar até o fim a disputa pela vice de João Campos ou chegará a consenso, como defende a senadora Teresa Leitão?

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