PP aumenta número de prefeitos e é o terceiro maior partido do estado
O PP que, em 2020, elegeu 16 prefeitos no estado saiu com saldo positivo na eleição deste ano com a vitória para o executivo em 24 municípios. “Disputamos em 51 municípios e em muitos deles perdemos por poucos votos, assumindo a segunda posição em importância política nesses locais” afirmou o presidente estadual do partido, deputado federal Eduardo da Fonte. Hoje a bancada do Progressistas na Alepe tem oito deputados estaduais mas na janela partidária para 2026 vai receber o acréscimo, com certeza, de mais dois parlamentares: Romero Sales, de Ipojuca, e Danillo Godoy, do PSB.
Segundo Eduardo da Fonte, além dos 24 prefeitos eleitos pela legenda, mais seis tiveram apoio do partido e estão comprometidos em votar com nomes do PP para deputado. Um desses é a prefeita reeleita de Igarassu, Elcione Ramos(PSDB). Havia uma expectativa no estado de que o Progressistas elegesse 30 prefeitos mas houve algumas frustrações como no Cabo, onde o prefeito Keko do Armazém, apesar de expressiva votação, perdeu para Lula Cabral (Solidariedade) que ainda depende de uma decisão do TSE para confirmar sua vitória, e em Ipojuca onde o vencedor foi Carlos Santana, do Republicanos.
Há ainda a possibilidade do deputado estadual Franz Hacker (PSB), fiel à governadora, ingressar no PP onde elegeu 4 prefeitos (ao todo ele elegeu 9 prefeitos por outras legendas). Com esta confirmação, o PP fortalece a governadora Raquel Lyra pois faz parte de sua base de sustentação na Alepe e, desde o primeiro momento, esteve a seu lado. Dos atuais deputados do PP o que mais elegeu prefeitos foi Antônio Moraes vencedor em 8 municípios e que é hoje o principal nome de Raquel na Alepe e preside a principal comissão, a de Legislação e Justiça. Em seguida vieram Kaio Maniçoba e Claudiano Martins, com cinco prefeitos eleitos pela legenda, cada um.
Demais partidos do ranking
Além do PP, a governadora Raquel Lyra conta em sua base com o PSD, comandado pelo ministro André de Paula, que fez 19 prefeitos. O prefeito João Campos tem o apoio, como provável candidato a governador, do quarto maior partido em número de prefeitos, o Republicanos, que elegeu 22 chefes do executivo e é comandado no estado pelo ministro Sílvio Costa Filho e o MDB que elegeu 12 novos prefeitos e é presidido pelo ex-deputado federal Raul Henry.
Luta estadual
A leitura que está sendo feita nos meios políticos sobre a eleição em segundo turno é de que o pleito do dia 27 de outubro vai ser uma prévia de 2026, com a governadora Raquel Lyra e o prefeito João Campos inteiramente envolvidos e buscando a vitória de seus candidatos. Raquel está com Mirella(PSD), em Olinda, e com Ramos(PSDB), em Paulista. João consequentemente apoia Vinicius (PT), em Olinda, e Matuto (PSB), em Paulista. Assessores políticos dos dois já estão atuando de um lado ou de outro desde segunda-feira. Esta terça os próprios líderes entraram em campo em busca de apoios de outras legendas.
Lula longe de eleição
O Palácio do Planalto vazou ontem para os jornalistas políticos em Brasília a informação de que o presidente Lula não participará de atos políticos neste segundo turno. Vai a Fortaleza e Belém, onde candidatos do PT enfrentam bolsonaristas, mas para cumprir agendas administrativas. Pode até gravar algum vídeo, mas não irá a eventos dos candidatos do PT. E mais, segundo a CNN, Lula ficará distante de cidades em que petistas disputem o segundo turno com partidos de sua base (em Olinda, Mirella Almeida é do PSD, de André de Paula e Gilberto Kassab).
Os apadrinhamentos não influíram no primeiro turno. Será que vão colar no segundo turno?
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