Petrolina tem quatro candidatos a prefeito. Nenhum deles ainda tem vice

 

“Da escola política que eu vim, não tem eleição ganha”- disse em entrevista esta semana o ex-prefeito de Petrolina, Miguel Coelho, maior cabo eleitoral do atual prefeito Simão Durando (União Brasil), candidato à reeleição e primeiro lugar em todas as pesquisas de intenção de voto publicadas até agora. Miguel que, em 2022, deixou a Prefeitura para disputar o Governo do Estado tem usado como mote para se referir a Simão, seu ex-vice, o de que ele está seguindo o mesmo caminho de desenvolvimento que “transformou Petrolina no melhor lugar para se viver no Nordeste”. Esse slogan foi usado por Miguel na sua campanha para governador e, pelo visto, deu certo, tanto que vem sendo repetido.

A oposição, porém, não está de braços cruzados, o que tem levado Simão a não subir no salto. Uma fonte desde blog próxima a Miguel, acha que o prefeito tem tudo para vencer o pleito, podendo ganhar no primeiro turno, mas alerta que o ex-prefeito Júlio Lóssio, candidato pelo PSDB da governadora Raquel Lyra “é um quadro desafiador. Não se pode brincar com ele”. Júlio aceitou recentemente o desafio de entrar na disputa de Petrolina, cidade que governou por oito anos, a pedido do também ex-prefeito Guilherme Coelho, filho do deputado federal Oswaldo Coelho, já falecido. Júlio por sinal foi lançado na política por Oswaldo que ajudou a elegê-lo no primeiro mandato.

O outro nome forte da oposição é o ex-prefeito e ex-deputado Odacy Amorim, do PT, que pretende avançar nas áreas rurais da cidade – bastante populosas – onde os petistas sempre foram bem votados. Além disso, o presidente Lula é, para esses eleitores, o chamado “pai dos pobres”. Em contraponto ao lulismo surgiu a candidatura de Lara Cavalcanti, jornalista, que representa o PL, do ex-presidente Jair Bolsonaro e foi lançada pelo presidente estadual do partido, Anderson Ferreira. A divisão da oposição foi, inicialmente, tida como sinal de fraqueza. O candidato Júlio Lóssio discorda: “é o melhor caminho para irmos ao segundo turno e vencer o pleito”.

Simão tem 17 vereadores

          O prefeito Simão Durando tem o apoio de 17 dos 23 vereadores petrolinenses e  de seis partidos. Além do União Brasil conta com o Republicanos, PP, Avante, PRD e DC. Como Petrolina tem propaganda gratuita na TV e Rádio é importante o apoio partidário, sobretudo se vem de legendas fortes. Simão conta com o maior tempo pois soma UB, terceiro maior partido do país, e PP e Republicanos, em quatro e sexto lugares. Júlio Lóssio conta com o PSD e MDB. Cada um tem 42 deputados e dividem o quinto lugar na relação das maiores legendas do país. Além do PSDB, sua legenda, e pela qual vai disputar mas que é hoje é um partido  médio em tempo de TV. Odacy tem o tempo do PT, o segundo maior do país, e o PL, maior partido brasileiro, vai dar um bom palanque eletrônico para Lara. Até o momento nenhum dos quatro pré-candidatos divulgou o nome dos vices.

João Paulo candidato?
   
         Ontem o que mais se ouvia de comentário nos meios políticos era de que o deputado estadual e ex-prefeito Recife, João Paulo Silva, do PT, quer ser candidato a prefeito  e estaria só esperando o desfecho dos entendimentos entre João Campos e o presidente Lula para analisar esta possibilidade. O motivo seria a entrevista que ele deu a este blog dizendo que  João agiu com “desrespeito e arrogância” ao dizer a Lula que não quer os petistas na sua vice.
Ele, aliás, acha que o PT, não tendo candidato, vai favorecer a candidata do PSOL, Dani Portela, que ganharia apoio mais à esquerda.

Por que o PP não apoia o candidato do PSDB em Petrolina, Júlio Lóssio, se faz parte da base do Governo Raquel?

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