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Oposição definha na Alepe e PSB só conta com fidelidade de sete dos 13 deputados que elegeu
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Por mais que um Governo comece com dificuldades para formar uma bancada na Assembléia, nos últimos tempos, nenhum governador sentiu tanto isso na pele como Raquel Lyra. Eleita com o apoio de apenas 3 deputados do seu partido e surpreendida por uma inesperada onda de independência do Legislativo, ela somou a isso a decisão de não dar espaços a políticos em seu secretariado e, reconhecidamente difícil no diálogo, penou nos primeiros meses deste ano para se manter de pé. Não conseguiu interferir na escolha da mesa-diretora da Alepe e precisou contrariar gregos e troianos para eleger deputados de sua confiança para presidir as três principais comissões da casa, coisa absolutamente natural em termos normais de temperatura e pressão.
No início, precisou negociar com, um a um, dos deputados a aprovação de projetos simples e, para conseguir autorização de um empréstimo de R$ 3,4 bi, foi, pessoalmente, levá-lo na Assembléia, com receio de retaliação. O resultado da votação do seu pacote fiscal esta terça-feira, no entanto, que continha um ítem penoso para qualquer politico – o aumento de impostos – surpreendeu pelo resultado. A votação terminou com 30 votos a favor e 11 contra e trouxe no seu bojo um verdadeiro esfacelamento da oposição. Além da bancada do PT que votou a favor da governadora, o PSB, a maior legenda da casa com 13 deputados, só conseguiu convencer 7 deles a votar contra o Governo. Cinco votaram a favor e um se ausentou.
Além da aproximação da governadora com o presidente Lula, que a tem ajudado num momento em que os oposicionistas são de esquerda, outros fatores contribuíram para isso. O Palácio começou a negociar com os deputados a liberação de emendas e há uma incontida euforia com os recursos que devem entrar no caixa governamental até o final de dezembro, via empréstimos ou transferências federais, permitindo a construção de obras e melhoria na prestação de serviços. Como em 2024 tem eleição municipal e como costumam dizer os deputados “poucos prefeitos aceitam disputar sem apoio do governo” , Raquel conseguiu quase o impossível: que 150 prefeitos solicitassem ao deputado José Patriota (PSB) a retirada de uma emenda ao projeto que fazia uma repartição do ICMS que poderia prejudicar o pacote fiscal.
PSB passa recibo do seu novo tamanho
Não precisou ir muito longe para demonstrar que o PSB saiu rachado da votação do pacote fiscal. O próprio partido publicou em suas redes sociais (foto acima) uma postagem com os sete deputados que lhe foram fiéis dizendo que eles votaram a favor da redução do IPVA e contra o aumento de ICMS, como se fosse possível mexer no IPVA sem aumentar a receita do ICMS. Estão presentes na foto Diogo Moraes, Eriberto Filho, Gleide Ângelo, José Patriota, Rodrigo Farias, Sileno Guedes e Waldemar Borges. Os ausentes são Simone Santana, Franz Hacker, Aglaison Victor, Dannilo Godoy, Francismar Pontes, Aglailson Victor e Jarbas Filho ( foi eleito pelo PSB mas está filiado ao MDB).
João com Lula no Novo PAC
O prefeito João Campos representou a Frente Nacional de Prefeitos ( é atualmente o vice-presidente) no lançamento do Novo PAC Seleções feito esta quarta-feira, em Brasília, pelo presidente Lula e que se destina a obras, em sua grande parte, municipais. Os investimentos previstos são de R$ 132 bilhões em áreas essenciais como saúde, educação, mobilidade, qualidade de vida, urbanização e prevenção de desastres naturais. Na primeira fase serão gastos R$ 65 bilhões.
Teresa em Montevidéu
A senadora Teresa Leitão participou esta semana em Montevidéu, no Uruguai, da II Cúpula Mundial das Comissões do Futuro, promovida pelo Parlamento Uruguaio e pela União Interparlamentar, com apoio da Unesco. Ela fez parte do grupo de parlamentares brasileiros – dois senadores e cinco deputados federais – e as discussões giraram em torno da Inteligência Artificial. Mais de 300 congressistas de diversos países estiveram no encontro. O presidente do Uruguai Lacalle Pou fez questão de posar para fotos com os brasileiros.
Mano satisfeito
O prefeito da RMR que saiu mais satisfeito do encontro Ouvir para Mudar da governadora Raquel Lyra foi o de Jaboatão Mano Medeiros. O motivo principal foi o anúncio das obras de contenção dos morros de Jardim Monte Verde, em Jaboatão, onde várias pessoas morreram soterradas pelas enxurradas este ano. Na verdade, é difícil um administrador público atacar de pronto um problema como esse. Em geral precisam ocorrer vários deslizamentos na mesma área para que algo seja feito.
Pergunta que não quer calar: com tantas dissidências na Alepe, de que tamanho o PSB vai sair das eleições municipais do ano que vem?
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