Olinda caminha para uma eleição em dois turnos
Embora no Recife a eleição deva terminar no primeiro turno – a não ser que algo inesperado aconteça até o dia 6 de outubro – e Jaboatão esteja na incerteza – Mano Medeiros pode vencer no primeiro turno mas os números de hoje acenam para um segundo turno – em Olinda todas as apostas são de uma eleição em dois turnos. Sem prefeito candidato e com vários postulantes embolados nas intenções de voto, o mais provável é um segundo turno tendo de um lado Mirella Almeida(PSD), a candidata do prefeito professor Lupércio, e do outro o vereador Vinícius Castello, do PT.
Mirella conta a força da máquina municipal, o fato de ter sido titular de duas importantes secretarias municipais na gestão atual e o apoio de lideranças de peso como a governadora Raquel Lyra, o ministro André de Paula, a presidente estadual do Solidariedade, Marília Arraes e o deputado federal Augusto Coutinho. A candidatura de Vinícius uniu a esquerda olindense e tem o apoio expressivo dos senadores Teresa Leitão e Humberto Costa, da ministra Luciana Santos, do deputado federal Renildo Calheiros, do prefeito João Campos e do presidente Lula.
Embora o ex-presidente Jair Bolsonaro tenha tido boa votação no município onde seu candidato a governador, Anderson Ferreira, foi o mais votado no primeiro turno de 2022, Isabel Urquiza deve se sair bem no pleito mas nos meios políticos não se acredita, com base em pesquisas internas dos diversos partidos, que ela consiga superar Vinícius e Mirella. O candidato Antonio Campos, filiado a um partido minúsculo, o PRTB, terá enormes dificuldades para segurar suas intenções de voto iniciais quando aparecia em primeiro lugar nas pesquisas O vice Márcio Botelho (PP) menos ainda.
Recife, Jaboatão e Olinda são os municípios mais populosos de Pernambuco de maneira que a eleição nesses colégios eleitorais chama a atenção do estado todo. Se João Campos vencer no Recife e Vinícius em Olinda, a esquerda vai sair bem fortalecida para o pleito de 2026. Agora se Mano Medeiros, em Jaboatão, e Mirella Almeida, em Olinda, saírem vencedores a direita estará dividindo com João o protagonismo no campo municipal e a possibilidade de influência na escolha do futuro governador e dos dois senadores a serem eleitos em 2026.
Gilson na defensiva
O candidato do PL a prefeito do Recife, Gilson Machado, errou na dosagem dos ataques ao prefeito João Campos e por isso vem colecionando revezes na Justiça Eleitoral. Quem se debruça sobre os textos das decisões tomadas pelo TRE recentemente percebe que não está proibido falar sobre o caso das creches que tiveram suas gestões entregues, até prova em contrário, a pessoas ligadas a vereadores da Frente Popular. Mas o PL usou o termo corrupção, antes de qualquer investigação, e outras palavras consideradas ofensivas pelos juízes da propaganda eleitoral. Poderia ter feito suas denúncias da mesma forma mas com as palavras adequadas e continuar no ar.
Dani Portela citada
Embora isso ainda não apareça nas pesquisas eleitorais, a candidata do PSOL a prefeita do Recife, Dani Portela, tem sido motivo de comentários positivos nas rodas de conversa que costumam se formar no Recife em toda eleição, sobretudo municipal. No exíguo tempo de TV mas, principalmente, nas redes sociais, ela tem se sobressaído e contentado sobretudo o público feminino.
Coluna de Álvaro preocupa
O presidente da Alepe, Álvaro Porto, que sofreu acidente ao descer de um cavalo no município de Canhotinho, este domingo, sendo internado no Recife, tinha confessado a amigos que estava com um problema na coluna e precisava se operar, devendo fazê-lo após as eleições. Agora a preocupação desses mesmos amigos é de que o acidente venha a agravar o problema na coluna do parlamentar.
Ainda dá para falar de creches nessa campanha sem correr o risco de ser mal interpretado?
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