MDB discute Federação com Republicanos e PSD, deixando mais incerto quadro eleitoral do estado

Como se não bastassem a Federação entre o PP e o União Brasil criada esta semana, e a fusão, em processo de consolidação, do PSDB com o Podemos, esta quarta-feira o presidente nacional do MDB, deputado federal Baleia Rossi, declarou, em entrevista à CNN, que a legenda está conversando com o Republicanos, representado aqui no estado pelo ministro Sílvio Costa Filho e o PSD, cuja presidente estadual é a governadora Raquel Lyra, buscando a formação de uma Federação com as duas legendas ou com uma apenas.
– Já conversamos com o presidente nacional do Republicanos, Marcos Pereira e vamos conversar com o presidente do PSD, Gilberto Kassab – afirmou Baleia, ressaltando que a formação de Federações passou a ser muito importante no quadro político do momento pois, com o fim das coligações proporcionais, os partidos precisam se agrupar para eleger mais parlamentares. Indagado se o MDB aceitaria fazer uma fusão – este será o caso do PSDB e Podemos – Baleia foi direto: “não aceitamos fusão, apenas Federação”.
Na Federação, diferente da fusão, é formada uma estrutura comum das legendas a nível nacional e estadual mas os partidos federados continuam a existir, com seus órgãos executivos funcionando de forma independente. Apenas se obrigam a tomar decisões conjuntas e caminhar juntos nas eleições estaduais ou federais. No caso da fusão que aqui vai acontecer entre PSDB e Podemos, um novo partido é criado e as estruturas estaduais e municipais das duas legendas citadas são extintas.
Ouvido por este blog, o senador Fernando Dueire, do MDB de Pernambuco, disse que há tempos o partido vem discutindo internamente se vai permanecer sozinho ou se em Federação mas ele considera que é difícil uma definição porque o MDB tem muitos líderes regionais fortes que teriam dificuldade de se adaptar a esta nova realidade em seus estados: “para mim seria bom uma Federação mas não vou dizer que será um caminho fácil. Vamos aguardar”.
Problemas a enfrentar
Estado muito forte politicamente, Pernambuco terá sua política bastante afetada se, além dos casos aqui citados, o MDB também se federar. O PP e o União Brasil já terão que decidir em que lado vão estar em 2026 pois o PP é da base de apoio da governadora e o União Brasil está alinhado até agora com o prefeito João Campos, apesar do deputado federal Mendonça Filho, que também é da legenda, estar com Raquel. No caso da fusão do Podemos com o PSDB também uma decisão política precisará ser tomada pois o presidente da Assembleia, deputado Álvaro Porto, é oposição a Raquel e o Podemos a apóia.
MDB no aguardo
O MDB de Pernambuco vive, no momento, uma disputa entre o atual presidente, ex-deputado federal Raul Henry, candidato à reeleição e o deputado estadual Jarbas Filho também candidato a presidente e que tem o apoio do ex-senador Jarbas Vasconcelos e do atual senador Fernando Dueire. A eleição será realizada dia 24 deste mês e, a depender do resultado, a legenda ficará com João Campos, caso Raul vença, e com Raquel, caso o vencedor seja o deputado Jarbas Filho, que já vota com o Governo na Alepe. Se , além disso, acontecer a Federação com o Republicanos e o PSD, ou só com um deles, a balança pende para Raquel, caso ela se dê com o PSD, ou para João Campos, caso venha a ser com o Republicanos.

o que a governadora Raquel Lyra, o prefeito Simão Durando, de Petrolina, e o deputado estadual Antonio Coelho terão conversado na audiência conjunta que tiveram, além de analisar as demandas do município?
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