João Campos chega aos momentos finais de escolha do vice com muitas cartas na manga

“Todos os caminhos levam à venda”- diz um ditado popular que expressa momentos em que, são tantas as opções diante de um obstáculo a ser vencido, que o resultado dificilmente dará errado. Esta é a expectativa nos meios políticos sobre a escolha do vice do prefeito João Campos. Na fase final dos entendimentos – ainda esta semana ele vai estar com o presidente Lula – o prefeito chega com todas as cartas na mesa.

Tem três auxiliares às vésperas da desincompatilização – a secretária Maíra Fischer, de Finanças, estaria fora das opções porque é funcionária do estado e, desincompatilizada, teria que voltar para a Secretaria de Planejamento Estadual –  e qualquer um deles, se escolhido, representará um partido da base formada por legendas de expressão como MDB, Republicanos e ainda a Federação composta pelo PT, PCdoB e PV. A secretária de infraestrutura Marília Dantas está no MDB, o secretário de planejamento Felipe Matos filiou-se ao Republicanos e o chefe de gabinete Vitor Marques ao PCdoB, representando, em tese, Federação.

A própria composição do leque de opções acima demonstra que João não deseja um petista em sua chapa mas há duvida se ele se recusará a atender a um pedido do presidente Lula, caso isso aconteça. Mesmo assim teria uma carta na manga para se justificar junto ao presidente: a de que tem um nome para representar a Federação na qual o PT está incluído que é Vitor Marques, devidamente filiado ao PCdoB nas vésperas do limite do prazo estabelecido pelo TSE. O PT, naturalmente, não vai ficar satisfeito mas estaria amarrado a um nome da Federação da qual faz parte e, portanto, impedido de reclamar.

Jogo de cintura

O jogo político dificilmente tem o desenho que o prefeito montou em torno de sua vice. Normalmente ele é feito na surdina com a participação de poucas pessoas que mantém segredo até que, finalmente, seja revelado. Desta feita as coisas estão tão claras que há quem desconfie de que João Campos armou todo esse cenário para não ficar a reboque do PT, que fez uma escolha de nomes sem ouví-lo, e no final escolher um petista de cara socialista como o ex-deputado estadual André Campos, citado ontem nos bastidores da Assembléia como uma possibilidade a ser considerada.

André, vereador?

O ex-deputado estadual André Campos tinha anunciado o abandono da política quando deixou de tentar renovar seu mandato na Assembléia, mas não ficou no sereno. Virou presidente da Copergás, uma das principais estatais de Pernambuco. Com o fim da administração Paulo Câmara  deixou a empresa e hoje é assessor da presidência do Banco do Nordeste, onde está Paulo. Este ano, de forma inesperada, reapareceu como candidato a vereador do Recife. Festejado pelos petistas que passaram a vê-lo como um futuro vereador da legenda, ele pode, na verdade, ser a carta na manga do prefeito para matar dois coelhos de uma cajadada só.

Camaragibe no consórcio

Criado no Governo Jarbas Vasconcelos para integrar o transporte metropolitano, o Grande Recife Consórcio de Transporte(CTM) passará a contar com o município de Camaragibe a partir desta quarta-feira quando a governadora Raquel Lyra assinará termo neste sentido com a prefeita Dra Nadegi.

Liana pede no Senado apoio a autistas

A vereadora do Recife, Liana Cirne (PT), participou, esta terça-feira, da reunião da Comissão de Assuntos Sociais do Senado, presidida pelo senador Humberto Costa, e, com direito a voz, defendeu alteração na Lei Berenice Piana, de 2012, que instituiu a Política Nacional de Proteção às Pessoas do Espectro Autista para incluir a proibição dos planos de saúde de suspender, de forma unilateral, a cobertura para as pessoas autistas.

Qual o coelho que o prefeito João Campos vai tirar da cartola para compor sua vice?

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