João Campos age com gosto de gás na base partidária em Olinda para beneficiar Vinicius
“Nos próximos dias, de 3 a 4 vereadores de Olinda vão deixar Mirella para apoiar Vinícius” – confessou esta segunda-feira a este blog um vereador olindense, deixando claro que a corrida por apoio de vereadores ia se intensificar depois que o prefeito João Campos entrou em campo e, ele próprio, estava ligando para os parlamentares. Esta quarta-feira a informação se confirmou. De uma só vez, o prefeito anunciou o apoio do Avante e do Agir a Vinícius. As duas legendas têm exatos quatro vereadores. Antes disso, Campos tinha conseguido subtrair mais dois vereadores do palanque de Mirella, convencendo o MDB a mudar de lado.
O que vem mais por aí? É difícil saber mas Vinicius, antes da investida de Campos, só tinha três dos 17 vereadores, todos eleitos pela Federação PT/PV/PCdoB. Agora está com 9 e tem, portanto, 1 a mais do que Mirella. Numa eleição que tende a ser disputada taco a taco o vereador é importante porque, qualquer voto a mais que ele trouxer, pode significar a vitória para seu candidato mas ele é fundamental mesmo no primeiro turno porque trabalha com unhas e dentes para assegurar seu mandato e, consequentemente, do seu prefeito. No segundo turno é conhecido o “corpo mole” dos parlamentares municipais.
Por falar em vereadores, o que está acontecendo em Olinda é inusual em um segundo turno onde o voto se define mais pela rejeição dos candidatos do que por apoio de partidos ou vereadores. Quem mais conseguir aumentar a rejeição do seu adversário costuma vencer o pleito. Vale também a ocupação das ruas, a animação da militância, a perspectiva de vitória. O eleitor nem sempre lembra em que vereador votou e, se vendeu o voto por obras ou mesmo dinheiro, dá-se por satisfeito e esquece o seu preferido assim que se manifesta na urna. Dizer que conseguiu mais partidos ou mais vereadores em segundo turno vale mais para insuflar o ego dos líderes das coligações que disputam do que para colocar mais votos na urna.
Marília calada
A ex-deputada federal Marília Arraes foi uma das primeiras lideranças políticas de fora da base do professor Lupércio, em Olinda, a declarar apoio a Mirella Almeida. Seu partido, o Solidariedade, faz parte da coligação pela qual Mirella está concorrendo. Agora que o prefeito João Campos resolveu aumentar os apoios a Vinicius Castello fica a dúvida sobre o que sua prima fará.
Coligação está no perde e ganha
A coligação “A Esperança se Renova “, da candidata Mirella Almeida contava com as seguintes siglas partidárias quando foi criada: PSD/PDT/MDB/Republicanos/PSDB/Cidadania /Solidariedade/União Brasil/Podemos/Avante/ PMB e Agir. Saíram MDB, Avante e Agir mas a coligação ganhou uma sigla ainda mais importante, o PP, o terceiro partido que mais prefeitos elegeu no estado.
quantos votos cada vereador olindense vai conseguir para seu candidato a prefeito neste segundo turno?
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