Governo introduz “jabuti” no projeto das faixas salariais e confunde oposição

 

Na linguagem popular, é comum se dizer que “jabuti não sobe em árvore” para demonstrar que se um animal desses for encontrado na copa de um arbusto, alguém o colocou lá. Na política, é costume se chamar de jabuti algum ítem introduzido, às escondidas, em um projeto de lei que, despercebido, é aprovado sem que ninguém perceba.O projeto de lei que a governadora Raquel Lyra enviou para a Assembléia e está em votação, gerando muitos debates, tem um jabuti. Só que não foi colocado às escondidas. 

Estava claro, mas a oposição não percebeu. Ao juntar, em um único projeto, o fim das faixas salariais da PM com o aumento de salário da categoria o governo tornou inócua qualquer possibilidade da oposição discutir as medidas separadamente e, como a Alepe não pode mexer em projeto de aumento salarial, sem a concordância do Executivo, também não poderia mudar o cronograma do fim das faixas, como pretendia. Desvirtuaria o projeto.

A matéria está na casa há quase dois meses e só esta semana, na votação final da Comissão de Finanças, o deputado Alberto Feitosa, um dos que mais se levantaram contra a proposta governamental, percebeu, pelo menos publicamente, a manobra do Governo e reclamou em sua fala da inclusão dos dois processos em um só. Na verdade, na Alepe, se tem como certo hoje que, pela força que a oposição tem nas duas principais comissões, seria muito difícil o Executivo evitar mudanças no cronograma das faixas salariais se o processo não estivesse atrelado ao aumento salarial.

Manobra eficiente

Se a proposta sobre as faixas salariais fosse mudada, por exemplo, e aprovada pelo plenário, a governadora seria obrigada a recorrer ao STF e aí os policiais e bombeiros ficariam sem reajuste até que a situação jurídica fosse resolvida. Como dificilmente, neste caso, o governo perderia o processo, a tropa ia culpar os deputados de oposição pela postergação do aumento salarial e até o fim da primeira faixa, previsto para junho.

Milei na frente

O presidente da Argentina, Javier Milei, pediu seu país seja incluído no programa Global Partner, da OTAN, do qual fazem parte nacões como Austrália, Japão, Coreia do Sul e Colômbia. Estes países passam a ter acesso a relatórios de inteligência e a programas de intercâmbio, além de ingresso facilitado a tecnologias restritas de defesa.

Duque quer controle sobre cabos de cobre

O deputado estadual Luciano Duque teve um encontro com o secretário da casa civil do Governo, Túlio Vilaça, e pediu que o estado regulamente, com urgência, a lei estadual 15034/2013 que dispõe sobre a  criação de um cadastro específico para compra e venda de vários materiais no estado, incluindo cabo de cobre. Ele acha que essa pode ser uma forma de evitar o grande número de roubos de cabos de cobre em residências e em empresas, prejudicando a população.

Celeuma envolvendo Musk e Moraes

A semana vai terminar e a celeuma gerada entre o dono da plataforma “X”(ex-twitter) Elon Musk e o ministro Alexandre de Moraes parece que só está começando. E, se tudo que  se está dizendo for verdade, vai demorar muito mais do que se imagina até chegar a um ponto final que pode não agradar o próprio STF.

Será verdade que Elon Musk vai depor à Câmara dos Estados Unidos sobre a atuação de Moraes?

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