Governo aposta em um candidato só para enfrentar Rodrigo Novaes pela vaga do TCE

A tese de candidaturas múltiplas para levar ao segundo turno a disputa pela vaga de conselheiro do TCE na vaga deixada por Teresa Duere, não conta com a simpatia da governadora Raquel Lyra. Esta terça-feira, após a desistência da candidata da governadora, a deputada Débora Almeida, que resolveu deixar o páreo – “optei por continuar na politica”- os deputados Joaquim Lira (PV) e Kaio Maniçoba(PP) se mantiveram na posição anterior de se manter na disputa. No final da tarde, porém, o quadro mudou quando chegou na Alepe a informação de que governadora revelara o desejo de o pleito ser definido logo no primeiro turno, com o nome mais forte, entre Joaquim e Kaio, apoiando o outro para enfrentar o deputado Rodrigo Novaes (PSB).

A eleição no plenário da Assembléia foi antecipada e será na próxima terça-feira. As inscrições podem ser feitas até a próxima segunda. Na terça pela manhã, os candidatos são sabatinados pela Comissão de Justiça e à tarde, por voto secreto, o plenário se pronuncia. Quem tiver 25 votos será o vencedor. Há mais um candidato na disputa, o deputado federal Guilherme Uchoa Junior (PSB) que até esta terça mantinha a candidatura e não mostrava desejo de desistir. A decisão de afunilar a disputa, com Kaio ou Joaquim desistindo, não foi vista com bons olhos por alguns deputados que têm simpatia pelos dois. Afirmam que nem todo mundo que está com um ou outro, vai migrar o voto, caso o seu preferido saia da disputa, tendendo a rumar para a candidatura de Rodrigo Novaes.

Essas desconfianças sobre a opinião do Palácio surgiram na Alepe e se mantém desde que o deputado Antonio Moraes não conseguiu ser presidente da casa porque a governadora demorou demais a fazer articulações. Pelo mesmo motivo, ela quase perde a votação para escolha dos presidentes das três principais comissões, tendo que agir em cima da hora e se desgastar com os líderes. Agora o caso da deputada Débora Almeida na questão da vaga de Teresa Duere foi semelhante. A governadora a escolheu como sua preferida mas não se articulou e ela precisou desistir para não sofrer desgaste.

Waldemar no Palácio

Em algumas questões de articulação com a Alepe o Palácio tem mudado de tática. Esta terça-feira, por exemplo, causou surpresa o convite feito ao presidente da comissão de educação, Waldemar Borges (PSB), para acompanhar os presidentes das comissões de Justiça, Finanças e Administração e os líderes do Governo na Assembléia em almoço com a governadora. Pela primeira vez um governador reuniu tão qualificado grupo para antecipar os termos de um projeto sobre o piso salarial dos professores. E mais : solicitar a compreensão e o apoio das comissões no diálogo que vai precisar abrir com o Sintepe para chegar a bom termo a aprovação do projeto.

Rui Costa vai mal

O ministro da casa civil, Rui Costa, ouviu do presidente Lula um conselho para se articular melhor e se blindar. O motivo: crescem as insatisfações na base aliada do Congresso por conta da demora nas nomeações e definições de espaços dos partidos na máquina governamental. O que tem acontecido com o PT de Pernambuco é um exemplo disso. Até o senador Humberto Costa não conseguiu que a Casa Civil definisse o espaço que os petistas terão nos órgãos estaduais. Enquanto isso, nos bastidores, o PT e o PSB se engalfinham em busca de indicar o novo responsável pela Codevasf no Nordeste.

Fim de paridade não provocou redução de preços

Apesar do Governo Federal ter anunciado redução no preço dos combustíveis no mesmo dia em que punha fim à paridade internacional (PPI) que vinha sendo praticada pela Petrobrás, a CNN revelou, com base em depoimento de especialistas, que os preços internacionais já permitiam essa redução há um certo tempo. Não foi, portanto, como o Planalto deixou a entender, por conta do fim da paridade que os preços da gasolina, diesel e GLP caíram. Agora é esperar o que vai acontecer nos próximos meses.

Mais vereadores sem mandato

O TRE, que vem julgando com rigor os vereadores que foram eleitos por fraude na cota de gênero (usando candidaturas femininas fantasmas) já cassou, só esta semana, o mandato de 2 vereadores de Garanhuns, 2 de Condado e um de Jaboatão. Só o de Jaboatão não era acusado de burla à cota de gênero mas de uso do Programa do Leite, através de uma associação por ele criada, para conseguir votos. Trocava o benefício social pelo compromisso do eleitor no dia da votação.

Pergunta que não quer calar: quantos vereadores pernambucanos ainda serão cassados pelo TRE até o final do ano?

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