Governo adia por uma semana julgamento do mérito de projeto das faixas salariais da PM

Sem explicação clara, o Governo do Estado, que conseguiu aprovar na comissão de Justiça esta terça-feira a extinção das faixas salariais da PM e Bombeiros, decidiu adiar por uma semana a apreciação do assunto pelas comissões de Finanças e Administração sem o pronunciamento das quais a matéria não pode ser votada em plenário. Tinha ficado acertado na reunião da Comissão de Justiça que os secretários de Planejamento e Fazendo iriam à Alepe esta quarta-feira, quando as duas comissões citadas se reuniriam conjuntamente, para explicar em detalhes aos deputados o mecanismo usado para calcular o peso da extinção das faixas no orçamento estadual e o quanto a extinção vai impactar, anualmente, no salário dos militares.

Na tarde desta terça-feira, porém, a presidente da Comissão de Finanças e relatora da matéria na comissão de justiça, deputada Débora Almeida, informou que o colegiado só se reunirá para tratar do assunto na semana que vem. Este blog  apurou que o adiamento visa convencer os parlamentares de que não há outra solução que não seja a aprovação total do projeto como foi enviado. Como o deputado Alberto Feitosa pôs em dúvida os números do Governo na Comissão de Justiça, mostrando uma tabela que, segundo ele, foi elaborada por PMs e chegou a resultados diferentes em termos de impacto do projeto, a idéia é ganhar mais tempo para maturar o assunto.

Além disso o resultado da votação na CCJ que terminou em 5 a 4 com o voto de minerva do presidente, deputado Antonio Moraes, teria deixado o Palácio inseguro para enfrentar duas votações – em Finanças e Administração logo em seguida. Apesar de nessas duas comissões o placar pró-Governo ser mais elástico definiu-se por não correr risco. Ficou claro na CCJ que até deputados da base não conheciam pormenores do projeto e os próprios deputados de oposição como Waldemar Borges e Sileno Guedes admitiram votar a favor se houvesse uma explicação mais clara sobre o assunto. Como na Justiça só se votou pela Constitucionalidade o projeto passou mas na apreciação do mérito em Finanças e Administração poderia haver problemas.

TDAH

             Na votação do projeto na CCJ chamou atenção a postura do vice-presidente, deputado Romero Albuquerque, que, contrariado com Antonio Moraes, bateu na mesa, levantou-se e ameaçou não deixar que o colega continuasse presidindo a sessão. Embora sua fala não tivesse maiores consequências pois o regimento da Alepe não dá direito a um parlamentar cassar a função de outro, a  beligerância de Romero causou surpresa e olhares desconfiados. Foi quando o deputado surpreendeu, declarando : “eu sou TDAH”. TDAH é um transtorno do déficit de atenção com hiperatividade que, entre seus efeitos, causa impulsividade. Depois dessa explicação os ânimos serenaram.

Executiva do União Brasil

           O União Brasil divulgou esta terça-feira a composição da Comissão Provisória do partido no Recife. O presidente é o deputado Mendonça Filho, o vice Leonardo Souza Leão, secretário geral- Sergio Ricardo Bezerra, Tesoureiro- Francisco de Assis Siqueira, tesoureiro-adjunto José Roberto Siqueira, secretária – Elen Cristina Barreto e membro da executiva- Anderson Felipe Pereira. A comissão, como se pode ver, é composta por pessoas de absoluta confiança de Mendonça Filho.

Humberto

         O presidente Lula vai sancionar esta quinta-feira no Recife projeto de lei que institui o Sistema Nacional de Cultura e que já foi aprovado pelo Congresso. A matéria teve como relator no Senado, o senador Humberto Costa. A ministra da Cultura Margareth Menezes estará presente ao evento que será às 19 horas, no Teatro Luís Mendonça, no Parque Dona Lindu.

Adiada filiação de Daniel Coelho

           A filiação do ex-deputado Daniel Coelho ao PSD, que estava marcada para esta quarta-feira às 10 horas, como informou o ministro André de Paula, só deve ocorrer esta quinta ou sexta. A explicação do partido para o adiamento é logística: não foi possível distribuir os convites a tempo, impossibilitando a realização do avento no dia e horário marcados.

Até onde vai o relacionamento conflituoso entre Governo e Oposição na Assembléia?

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