Federação do PP com União Brasil, que vai mexer na política estadual, ainda depende de Caiado

A Federação do PP com o União Brasil, que vai mexer na política nacional e estadual, está para sair efetivamente do papel nos próximos dias, segundo fontes do Partido Progressista, a nível nacional e estadual. Este blog apurou com essas fontes que os entendimentos teriam sido concluídos pelos presidentes das duas legendas, Ciro Nogueira e Antonio Rueda na semana passada em Brasília. O único ponto que ainda precisa ser resolvido é o convencimento do governador de Goiás, Ronaldo Caiado, que se lançou candidato a presidente da República e, apesar de não ter contado em seu ato de lançamento com a presença de Antonio Rueda, o que foi explorado largamente no país, ainda resiste ao acordo. Se efetivado, o bloco, pelos números de hoje, terá a maior bancada na Câmara dos Deputados com 109 parlamentares federais, desbancando o PL, que tem, no momento, 95 deputados e a Federação Brasil da Esperança, liderada pelo PT e formada também pelo PV e PCdoB, que tem 81 parlamentares. No Senado o bloco contará com 13 senadores.
Em Pernambuco é enorme a expectativa sobre o assunto no momento em que a Federação será gerida, a nível estadual, pelo PP e seu presidente Eduardo da Fonte, que apoiam a governadora Raquel Lyra, mas terá também a participação do grupo Coelho, do União Brasil de Petrolina, que apoia a pré-candidatura a governador do prefeito João Campos. Do mesmo União Brasil estadual, o deputado federal Mendonça Filho, também está com Raquel. O principal componente dessa junção das duas legendas que ficarão obrigadas e atuar juntas por quatro anos, é, porém, o fato de Eduardo da Fonte e Miguel Coelho serem pré-candidatos ao Senado quando só há lugar para um nome da Federação.
Conversas já começam a acontecer dos dois lados visando 2026. A expectativa é de que Miguel e Eduardo da Fonte, formalizada a Federação, continuem trabalhando seus nomes deixando para o ano que vem a discussão sobre o papel que caberá a cada um ou como candidato ao Senado ou a uma vaga na Câmara Federal. Com muito tempo de TV, o PP e o União Brasil terão cacife suficiente para negociar espaços majoritários, sem contar que estarão azeitados pois o bloco contará com o maior valor do Fundo Eleitoral a ser disponibilizado para as próximas eleições.
Republicanos sob tensão
A declaração de apoio à governadora Raquel Lyra feita pelo prefeito de Camaragibe, Diego Cabral, que, em entrevista na semana passada, disse pertencer à base de Raquel, como registrou este blog, gerou o maior burburinho nos bastidores do PSB e do próprio Republicanos, partido do ministro Sílvio Costa e do prefeito. Lideranças socialistas juram de pés juntos, em conversas políticas, que Diego não falaria sem o conhecimento do ministro. Crescem as desconfianças lado a lado.
Em banho-maria
O Congresso Nacional vai funcionar remotamente esta semana. Desta forma, os deputados federais e senadores em sua grande maioria vão permanecer nos estados para aproveitar a semana santa e visitar as bases interioranas. A Assembléia Legislativa funciona normalmente esta segunda e terça. Na quarta, se houver sessão, será pela manhã. Esta terça as atenções estarão voltadas para a presença em reunião conjunta das comissões de Justiça e Finanças do secretário da casa civil, Túlio Vilaça, para fazer uma prestação de contas do pagamento das emendas parlamentares.

Quem vai ceder primeiro no caso da candidatura ao Senado: Eduardo da Fonte ou Miguel Coelho?
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