Extrema direita cresce em Portugal e é uma ameaça a democratas da AD e socialistas do PS

 

Capa do jornal português “Público”

As eleições portuguesas deste domingo levaram a um crescimento jamais imaginado do partido Chega, de extrema direita, contrário à imigração e uma ameaça aos brasileiros imigrantes cuja presença em solo português vem crescendo de forma exponencial. Com 18,06% do total de votos, o Chega vai ampliar de 12 para 48 suas cadeiras no parlamento. A Aliança Democrática (AD), de centro-direita, elegeu 79 deputados e o Partido Socialista (PS), que vinha governando o país, ficou com 77 deputados, só dois a menos que  a AD – esses números ainda precisam ser oficializados mas o PS já admitiu a derrota – que terá o direito de indicar o futuro primeiro-ministro mas precisa de uma maioria mais ampla para governar.

O Chega foi votado em todas as regiões portuguesas, tendo portanto uma importante representatividade nacional. AD e PS se meteram em uma enrascada: ambos não chegaram aos 60% dos votos e afirmaram, na campanha, que não admitiriam aliança com a extrema-direita. Sem o Chega, porém, dificilmente a AD conseguirá governar já que o Partido Socialista já se declarou de oposição ao provável primeiro-ministro Luís Montenegro, da Aliança Democrática. Mas, pela legislação portuguesa, Montenegro vai precisar ainda aguardar que o presidente Marcelo Rebelo de Souza o convide para formar o novo Governo para só então demonstrar o que pretende fazer. Partidários de Montenegro estão defendendo uma aliança estratégica e limitada com o Chega muito mais para formar maiorias eventuais. Maiorias eventuais a AD pode formar também com o PS que deve se tornar mais condescendente após a derrota que teve depois de oito anos atrelado ao poder.

O regime de Governo em Portugal é Presidencialismo Parlamentarista. Em função disso, se um partido perder maioria no parlamento, como aconteceu com o PS recentemente, nova eleição é convocada pelo presidente em exercício. A atual eleição, por exemplo, só deveria ocorrer daqui a dois anos. Como a AD ganhou por muito pouco, caso venha a ter dificuldade de governar agora por falta de aliança com outros partidos, pode perder sustentação. O grande dilema da AD e PS é exatamente esse: da forma como vem crescendo, o Chega pode, de repente, em uma dessas brechas, assumir o poder. Se os dois maiores têm consciência disso sabem que só com aliança estratégica vão poder deter a extrema direita.

Ipespe acertou na mosca

             O FLJournal destacou em texto do colunista Márcio Aith, que, além do Chega, que cresceu além do que se imaginava. Foi, segundo ele, o instituto pernambucano Ipespe coordenado pelo cientista político Antonio Lavareda. “Pela primeira vez – disse ele – a CN, pN Portugal decidiu incluir institutos estrangeiros entre as empresas que, pelo modelo contratado, fariam o tracking diário a TV. Resultado: o Ipespe acertou na mosca o resultado de 7 dos 8 candidatos, decifrando com exatidão tendências, a cabeça e o coração do eleitor português”.

Renildo na cola de Dudu

              O deputado federal do PCdoB, Renildo Calheiros, ficou na convenção do PP no Recife do princípio ao fim. O gesto foi visto como uma possibilidade do PP se compor em Olinda com a ministra Luciana Santos, que deve ser a candidata do PCdoB a prefeita. A este blog, Renildo informou que Luciana está cuidando dos entendimentos com o Governo Federal para tomar uma decisão que pode ser positiva.

A salada municipal

           Já tem pré-candidata a prefeita colocando mensagens na Internet ao lado de Raquel, Priscila e da senadora Teresa Leitão. O apelo ao voto feminino, fortíssimo no estado na eleição de 2022, continua a todo vapor. Quase todos os partidos vêm lançando mulheres candidatas a prefeita ou a vice. Também está crescendo muito o número de candidatas a vereadoras.

Quando a governadora Raquel Lyra vai nomear um deputado estadual do PP como secretário?

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