Eleições de 2024: Olinda e Ipojuca podem ter disputa entre mulheres

 

O povo pernambucano elegeu em 2022, pela primeira vez na história, três mulheres para os principais cargos executivos do estado – a governadora Raquel Lyra, a vice Priscila Krause e a senadora Teresa Leitão – e, no próximo ano, pelo menos dois importantes municípios da Região Metropolitana – Olinda e Ipojuca – podem vir a assistir uma disputa principal entre mulheres ao cargo de prefeita municipal. O PP marcou para o próximo dia 11 de janeiro sua convenção no município de Ipojuca onde a prefeita Célia Sales deve apresentar candidata à sua sucessão, a atual vereadora Adilma Barbosa, e a oposição discute neste momento uma unidade que pode se dar em torno da deputada estadual Simone Santana.

Em Olinda, como este blog já enfatizou, a candidata do prefeito Lupércio à sua sucessão é a atual secretária da fazenda, Mirella Almeida, e o PSB trabalha para unir a oposição em torno da deputada estadual Gleide Ângelo. Se tanto em Ipojuca quanto em Olinda o previsto acontecer, haverá uma disputa principal entre mulheres: no município do litoral sul entre Adilma Barbosa x Simone Santana e em Olinda entre Mirella Almeida x Gleide Ângelo. O povo de Ipojuca já demonstrou que não tem preconceito de gênero quando elegeu há sete anos a atual prefeita Célia Sales e Olinda já colocou duas mulheres na Prefeitura, Jacilda Urquiza e Luciana Santos.

Ainda na Região Metropolitana pelo menos uma mulher é candidata a prefeita – no caso à reeleição. É a atual prefeita de Igarassu, Elcione Ramos. Em Serra Talhada, a prefeita Márcia Conrado, atual presidente da Amupe – Associação Municipalista de Pernambuco – também é candidata à reeleição. Em Carpina, Eduarda Baima, esposa do deputado estadual Gustavo Gouveia, é pré-candidata a prefeita. Em mais de 30 outros municípios estaduais há candidatas a prefeita e este número pode aumentar até as convenções partidárias marcadas para o mês de julho de 2024.

Confederação do Equador

Por proposta da senadora Teresa Leitão, o Senado criou esta terça-feira uma comissão temporária interna para programar a comemoração pela casa dos 200 anos da Confederação do Equador, revolução pernambucana durante a qual foi assassinado o Frei Caneca. Teresa foi eleita presidente do colegiado do qual também fazem parte, como titulares, os senadores pernambucanos Fernando Dueire e Humberto Costa. Estão previstas exposições, debates e uma reunião solene comemorativa. Como Pernambuco também tem uma comissão riada pela governadora Raquel Lyra para definição da comemoração a nível de estado, a senadora Teresa Leitão disse que vai procurar a vice Priscila Krause, que preside a comissão estadual, para fazerem um trabalho conjunto.


Alepe vota últimos projetos de Raquel hoje

A Assembléia vota na tarde desta quarta-feira os dois últimos dos 33 projetos enviados à casa este final de ano pela governadora Raquel Lyra. Referem-se à redistribuição do ICMS que beneficia municípios mais pobres e o bônus-livro para os profissionais da educação. Como já aprovou a Lei Orçamentária Anual – LOA – a Alepe só pode voltar a se reunir para tratar dessas questões se Raquel vetar alguma emenda aprovada pela casa. Como na LOA, além de ter acrescentado R$ 1,1 milhão a mais no Orçamento e a Mesa Diretora ter destinado para projetos específicos os R$ 600 milhões que cabem a mais para o Executivo não se sabe se ela vai deixar tudo como está ou vai sancionar assim mesmo e fazer adequações em 2024.

Raquel e as mulheres

Além de ter constituído uma equipe com mais mulheres do que homens, a governadora Raquel Lyra pode aproveitar o seu mandato para resgatar e projetar uma heroína na Revolução de 1817, Bárbara Alencar, a primeira presa política do Brasil. Em 1817, Bárbara, que nasceu no Ceará mas se aliou aos revolucionários pernambucanos, ajudou a financiar a revolta que buscava a independência e criou uma República que durou quase dois meses independente de Portugal, como incentivou os filhos a participar das batalhas. Com a projeção de Bárbara ela pode passar a figurar, ao lado de Frei Caneca, como a heróina feminina da história pernambucana.

Pergunta que não quer calar: Raquel vai vetar alguma emenda à Lei de Diretrizes Orçamentárias aprovada pela Alepe?

E-mail: redacao@blogdellas.com.br – terezinhanunescosta@gmail.com

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