Disputa dos blocos do Governo e da Oposição na Alepe pode esquentar
Desde que a Oposição formou um bloco de 16 deputados na Assembléia e afastou parlamentares de comissões importantes como Justiça e Finanças, o Governo ficou correndo sério risco de não aprovar seus projetos. Um exemplo foi a votação nas duas comissões do projeto de extinção das faixas salarias da PM quando a bancada governista só conseguiu quatro votos (os mesmos da oposição), obrigando os presidentes Antonio Moraes e Débora Almeida a dar o voto de minerva, salvando o Executivo de uma derrota.
Da comissão de justiça o Bloco afastou o deputado WilIiam Brígido (Republicanos), fiel ao Governo, e designou para seu lugar o deputado Rodrigo Farias (PSB). Da comissão de Finanças afastou esta quarta-feira o deputado Claudiano Filho (PP) e indicou para substituí-lo o deputado governista Eriberto Filho(PSB). Até suplentes foram atingidos. O deputado Junior Tércio(PP), que era suplente da mesma comissão, foi substituído pela deputada Gleide Ângelo(PSB).
O Bloco governista, formado esta semana, promete reagir. “Vamos desfazer tudo isso”- disse a este blog o deputado Kaio Maniçoba, do PP. O partido mais atingido com as mudanças desta quarta-feira foi mesmo o Progressistas que terá papel fundamental no Bloco do Governo pois tem a segunda maior bancada na Alepe e, por isso, o direito, maior que os outros, de ter membros nas principais comissões. Certamente que essas mudanças lá e lô vão gerar escaramuças e mais tensão nos próximos dias.
Policiais cansaram?
Ao contrário das vezes anteriores quando compareceram em peso às discussões na Assembléia sobre as faixas salariais, gerando tumulto, esta quarta-feira quando a matéria foi votada nas comissões de Finanças e Administração os policiais quase não apareceram. Menos 100 estavam na frente do prédio da Alepe. Nem um carro de som que tentou animá-los, teve êxito. As matérias ainda nem tinham sido votadas e já não havia um só manifestante no local.
Deputados também
Após as votações nas comissões de Finanças e Justiça, nas quais o Governo saiu vencedor no projeto das faixas salariais, os deputados Alberto Feitosa e Joel de Harpa praticamente entregaram os pontos. Feitosa perdeu a paciência durante a votação e disse “a Polícia pode entrar em greve e eu vou tocar fogo”. Já o deputado Joel da Harpa falou no plenário após a votação, não mais impondo nada, mas pedindo à governadora que reduza o prazo para término da extinção das faixas.
Múcio falou grosso
O ministro da defesa, José Múcio foi claro esta quarta ao combater cortes no Orçamento das Forças Armadas de forma bem humorada mas dizendo o que pensa: “estamos ficando com marinheiros sem navios, aviadores sem aviões e soldados sem equipamentos. Vamos trabalhar como trabalhadores braçais, pintando meio-fio, distribuindo cachorro quente e prendendo velhinhas terroristas com Bíblia na mão”.
Izaías na ofensiva
O deputado Izaías Regis, líder do Governo, surpreendeu pelo discurso que fez na Comissão de Finanças em defesa da governadora:”foi Raquel que criou as faixas salariais? Foi ela que recebeu um orçamento de 2023 feito pelo PSB? Indagou, referindo-se aos deputados socialistas, agora defensores do fim das faixas de uma vez só, e emendou: “o que ela está fazendo é consertando o que estava errado”.
Sivaldo condenado
O prefeito de Garanhuns, Sivaldo Albino, e a secretária de educação do município, Wilza Alexandra de Carvalho, foram condenados pela 23.a Vara Federal em Pernambuco a devolverem R$302 mil ao Fundeb por terem, segundo sentença do juiz Felipe Mota Pimentel, usado, de forma irregular, recursos federais destinados ao desenvolvimento da educação.
Teresa com Lula
A senadora Teresa Leitão, cada vez mais próxima do presidente Lula, foi, a convite dele, acompanha-lo na viagem à Colombia cujos passos está fazendo questão de registrar em suas redes sociais.
A criação de dois blocos de parlamentares na Alepe vai melhorar o clima ou criar mais confusão?
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