Comissão com maioria de policiais é obstáculo ao Governo na Alepe

 

Uma semana depois de ter assegurado a formação de uma bancada governista na Assembléia com 22 deputados, o que pode lhe garantir vitórias em plenário, o Governo do Estado compreendeu ontem que suas dificuldades não acabaram. Pelo menos no que se refere a pautas que tenham a ver com a segurança pública. Com maioria de deputados policiais em sua formação, a comissão de segurança da casa aprovou ontem um substitutivo ao projeto de extinção das faixas salariais da PM e Bombeiros, de autoria da deputada delegada Gleide Ângelo, derrubando, temporariamente, o projeto da governadora.

Com isso, a matéria volta a ser apreciada pela Comissão de Justiça e só vai a plenário se, na CCJ, o substitutivo for derrotado. Como hoje na referida comissão há empate de votos entre Governo e Oposição, cabendo ao presidente, deputado Antonio Moraes, dar o voto de minerva, é possível  que nela a proposta de Gleide não passe, voltando a valer o texto original que seria levado a plenário.

Normalmente as comissões temáticas na Alepe não costumam derrubar decisões das três principais – Justiça, Finanças e Administração – mas dessa vez foi diferente. Além das dificuldades normais do Governo no legislativo, valeu o corporativismo dos deputados titulares da comissão de segurança. Quase todos policiais, desta vez até o presidente, deputado Fabrízio Ferraz, um dos mais leais ao Palácio e em cujo voto o governo acreditou para vencer apertado, votou com a oposição. Ele é coronel da PM reformado, como também o deputado Alberto Feitosa, membro do colegiado. Outros policiais que fazem parte da comissão são a delegada Gleide Ângelo e o deputado cabo Joel da Harpa. Governista só tem o delegado aposentado Antonio Moraes.

Fabrizio desagrada

Informações chegadas na Assembléia ontem davam conta da insatisfação do Palácio com o deputado Fabrízio Ferraz. O comentário era de que, se ele se sentia constrangido em votar em um projeto que envolvesse a PM, poderia ter avisado e seria substituído pelo vice da comissão, Antonio Moraes. Mas há testemunha de que ele garantiu o voto com o governo.

Secretária com desgaste

Após o discurso feito ontem em plenário pelo deputado Alvaro Porto contra a secretária da saúde, deputados governistas comentaram em grupinhos que a secretária Zilda Cavalcanti é de relacionamento difícil com a bancada e não dá retorno. Ao contrário do que fazem outros secretários.

Moraes na ponta do lápis

O deputado Antonio Moraes, que já tinha ressaltando na comissão de Justiça que os deputados do PSB querem acabar de uma só vez as faixas da PM mas que elas foram implantadas na administração socialista em 2017 contra o desejo de grande parte da tropa, afirmou ontem que também em 2017 o PSB, que reclama da falta de diálogo com a PM, retirou os policiais militares das mesas de negociação e completou “eu defendo que eles voltem para a mesa”.

Guilherme indica o vice

O candidato a prefeito de Petrolina pelo PSDB, Júlio Lóssio, esclareceu que o ex-prefeito Guilherme Coelho não vai ser seu vice, vai indicar o vice. Este blog pede desculpas aos leitores por ter trocado as bolas. Guilherme vai estar na campanha mas não deseja se afastar da atividade privada. Vai viajar para a China nos próximos dias para ampliar mercado para as frutas do São Francisco.

A eleição de Petrolina vai mesmo para o segundo turno?

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