Com receio de desgaste deputados admitem votar projeto do piso nos moldes propostos por Raquel
Após diversos embates, nas comissões e no plenário, a questão do pagamento do piso salarial nacional aos professores do estado pode ser encerrada na Assembleia Legislativa antes do final do mês. Até mesmo deputados de oposição começam a admitir intramuros que o cabo de guerra criado pelo Sindicato dos Trabalhadores da Educação – Sintepe – para forçar a governadora a garantir, além do piso para os que recebem menos, um aumento salarial para os demais professores ativos e aposentados, não tem sustentação se não for resolvida de imediato. A alegação é de que, se o projeto for rejeitado, mais de 28.600 professores que ainda não recebem o piso de R$ 4.420,00 não vão receber o reajuste no mês de junho, gerando insatisfação.
Na verdade, muitos deputados passaram a receber, concomitantemente com os apelos do Sintepe, emais e mensagens de zap dos professores que ganham menos e estão mais interessados no pagamento imediato do piso do que em discutir aumento geral para os demais. “Minha caixa de mensagens está cheia”- admitiu ontem um deputado oposicionista a este blog. Outro sintoma de mudança de estratégia foi a do deputado Luciano Duque, líder do S olidariedade, que para a obstrução da sessão desta segunda-feira quando ia ser votado requerimento do líder do Governo, deputado Izaías Regis, para que o projeto, mesmo derrotado em duas comissões, fosse a votação no plenário. Duque afirmou a este blog que, se até esta quarta-feira, o Governo deixar claro ao Sintepe que não tem como dar aumento, ele se compromete a votar a favor do projeto governista.
Por conta disso, esta quarta-feira, quando o requerimento de Izaias volta a ser colocado para votação em plenário, é possível que seja aprovado e, em seguida, antes do dia 28, quando a Alepe entra em recesso, o projeto, como está, também receba aprovação da maioria da casa. “Eles sabiam que iam perder a votação de segunda-feira e por isso fizeram a obstrução” disse ontem o vice-lider do Governo, deputado Joãozinho Tenório. A bancada governista alega que embora o PSB, Federação PT/PV/PCdoB, Solidariedade e PSOL tenham 25 deputados em todos esses partidos há deputados individualmente decididos a votar o projeto para garantir o piso, aguardando que depois a governadora possa dar aumento à categoria como um todo, caso as finanças do estado melhorem.
Metrô sofre sem comando
A morosidade nas negociações sobre os órgãos federais em Pernambuco ficou a nu ontem com o caos criado por um incêndio na rede aérea do metrô. O Metrorec ainda hoje não tem comando definido. Vem sendo gerido, interinamente, por um grupo de funcionários que não tem poder político para influir nas decisões sobre o sistema. Estão na disputa pela direção do órgão o PP e o MDB. Hoje é mais provável que a presidência fique com o PP e as diretorias sejam destinadas ao MDB e outros partidos da base governista.
Petrolina se destaca em Pernambuco
A Prefeitura de Petrolina divulgou esta terça-feira que o município está em primeiro lugar no estado no Índice Governança Municipal (IGM) de 2023 do Conselho Federal de Administraçao (CFA). Com nota global de 7,24, Petrolina lidera o ranking à frente de cidades como Recife, Jaboatão, Olinda e Caruaru. No Brasil, o município sertanejo está entre os 20 melhor posicionados na categoria com mais de 100 mil habitantes. A análise é feita com base na situação financeira, de gestão e de desempenho.
Prefeito de Vitória amplia influência
O prefeito de Vitória de Santo Antão, professor Paulo Roberto Arruda, que já tinha declarado apoio para as eleições de 2024, aos candidatos a prefeito de Jaboatão, Elias Gomes e de Carpina, Joaquim Lapa, lançou esta terça-feira a candidatura a prefeito de Timbaúba do vereador Guel Barbosa. O objetivo de Paulo Roberto é formar uma expressiva bancada do MDB, seu partido, na eleição de 2026. Para isso também tem trabalhado pela ampliação do número de prefeitos do partido. Trabalha ao lado da filha, a deputada federal Iza Arruda.
Pergunta que não quer calar: quem sairá mais forte das eleições de 2024 na Mata pernambucana: o prefeito de Vitória Paulo Roberto ou de Paudalho, Marcelo Gouveia?
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