Com presença feminina, Ministério Público faz eleição para escolha do novo Procurador-Geral

 

Em um período proveitoso para as mulheres do Poder Judiciário em Pernambuco – houve aumento da presença feminina no pleno do TJPE além da eleição de Ingrid Zanella para presidente da OAB-PE ( a primeira mulher a exercer o cargo nos 92 anos da entidade) – o Ministério Público de Pernambuco faz eleição direta esta terça-feira das 9 às 17 horas, com coleta de votos online, para formação de uma lista tríplice diante da qual a governadora Raquel Lyra escolherá o novo Procurador-Geral de Justiça do estado. Entre os candidatos registrados há duas mulheres e três homens.

Da mesma forma que a OAB compôs uma lista sêxtupla com três mulheres para a vaga do Quinto Constitucional, é provável que a eleição dos promotores e procuradores de justiça tenha pelo menos uma mulher entre os três mais votados. “A governadora tem total liberdade de escolha na lista tríplice mas havendo chance para pelo menos uma mulher estar na lista já é uma vantagem. Aí dá para sonhar” -disse ontem uma promotora a este blog, que estará no pleito desta terça na condição de votante e não de candidata.

São candidatas as promotoras Maria Lizandra Carvalho e Deluse Amaral. Os outros candidatos são os promotores José Paulo Cavalcanti Xavier, Maviael de Souza e Silvio José Menezes Tavares. Há uma característica comum entre eles. Todos serviram por um bom tempo no interior do estado, as vezes em até quatro municípios, até chegar á capital e estão na casa dos 50 anos. O Procurador- Geral do MPPE tem, entre suas funções, representar o órgão em juízo; coordenar as atividades dos demais membros, supervisionar e fiscalizar a execução das funções do MPPE e presidir o Conselho Superior na tomada de decisões administrativas e disciplinares.

Maria Lizandra e Deluse

Maria Lizandra tem 51 anos, 20 deles no MPPE onde começou a trabalhar como promotora substituta da 11ª Circunscrição em Limoeiro. Foi titular da 20ª Promotoria de Justiça e Defesa da Cidadania do Recife, conselheira do Conselho Superior do MPPE e coordenadora de gabinete do Procurador Geral. Deluse Amaral tem 55 anos, há 33 está no MPPE, tendo atuado em vários municípios a começar por Rio Formoso. Desde 2004 é titular da 5ª Promotoria de Justiça Cível, foi diretora da Escola Superior do MP e entre 2020 e 2024 presidiu a Associação do MPPE.

Maviael, Silvio e José Paulo

Maviael, 53 anos, ingressou no MPPE há 29 anos como promotor do município de Ipubi. Desde 2016 é titular da 16ª Promotoria de Justiça e Defesa da Cidadania do Recife, foi coordenador do CAO Patrimônio e Terceiro Setor e secretário-geral da entidade entre 2019 e 2022. Silvio, 55 anos, entrou no MPPE há 31 anos como promotor de Capoeiras. Atualmente é titular da 20ª Procuradoria de Justiça Cível. Foi diretor da Escola Superior do MP, presidente do Comitê de Segurança e presidente do Colégio de Diretores de Escolas do MPPE. José Paulo, 50 anos, ingressou no MPPe em 1999 como promotor de Ouricuri. Ocupa hoje a 29ª Promotoria de Justiça e Defesa da Cidadania do Recife e desde 2022 é chefe de gabinete do Procurador Geral.

Volta o embate entre Executivo e Legislativo

No encontro realizado esta segunda-feira para cobrar à governadora Raquel Lyra o pagamento de emendas impositivas, os deputados lembraram que votaram a favor e dentro do prazo todos os projetos do Executivo enviados à casa, como tem enaltecido a própria Raquel em entrevistas, ressaltando não entender também, como disse um deles., “porque a governadora também tem dito que há dinheiro em caixa e não cuidou a tempo de fazer andar os processos de emendas dentro da máquina pública”.

Nem saúde

 Ao saber que o Governo Federal, com dificuldade de processar as emendas dos senadores a tempo, cuidou de negociar com eles emendas para a área de saúde, ao invés de obras já que não na saúde havia lastro para pagamento, o deputado estadual Alberto Feitosa (PL) disse que suas emendas são destinadas em quase sua totalidade para a área de saúde inclusive de interesse do estado como Hospital dos Servidores, Getúlio Vargas e a própria secretaria. O restante foi para hospitais como do Câncer, Tricentenário e Altino Ventura. Mesmo assim diz que nada foi pago.

Quando, enfim, vai acabar a queda de braço entre a Alepe e o Palácio das Princesas?

Redacao@blogdellas.com.br/terezinhanunescosta@gmail.com

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