Com mesmo slogan, Trump derrota as duas mulheres que chegaram mais perto da presidência dos EUA

 

Jeito e hábitos machistas, o novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, não encontrou muitos obstáculos para derrotar, em 2016, quando enfrentou Hillary Clinton, e este ano, com Kamala Harris, as duas mulheres que venceram a barreira do preconceito e conseguiram chegar no último degrau rumo à presidência dos Estados Unidos, o país mais poderoso do mundo. Ironicamente, Trump usou, nos dois casos, o mesmo slogan “Vamos fazer a América Grande de novo” (Make América Great Again). Hillary e Kamala não foram as únicas a sonhar com a Casa Branca até agora. De 1872 até hoje, segundo o Centro para Mulheres Americanas e Política (CAWP) 59 americanas se candidataram ao posto mas desistiram ainda nas primárias ou representaram partidos tão pequenos que nem foram consideradas.           

O que teria levado o Partido Democrata a apostar na força feminina exatamente contra Trump, um homem conhecido por não dar tanta atenção às mulheres e de tratá-las com desdém ou linguagem agressiva? Contra Hillary o que ele menos falou foi que ela não tinha “temperamento, julgamento ou competência para governar”, com Kamala chegou a qualificá-la como “louca” em um dos seus comícios, pelo simples fato dela gostar de sorrir. É comum homens tentarem agredir mulheres desqualificando-as ou espalhando dúvidas sobre a própria saúde mental das mesmas.

Está certo que Trump também não respeitou Joe Biden que precisou sair da disputa ao enfrentar problemas cognitivos. No único debate entre eles desdenhou da incapacidade do então candidato, ainda presidente, de não contar com o necessário discernimento durante o embate. “Ele nem sabe do que está falando” disparou ao ver Biden atrapalhado na hora das respostas. Quem sabe, exatamente por conhecerem a natureza de Trump que não respeita adversário, os homens democratas deixaram a batata quente para as mulheres descascarem. Mas podiam ter se dado mal: Hillary perdeu no colégio eleitoral mas ganhou no voto popular e Kamala poderia ter se saído melhor se não tivesse que se reinventar durante 100 dias quando Biden desistiu.

Mulheres Republicanas

Na história dos Estados Unidos, duas mulheres ganharam destaque na eleição presidencial mas não passaram das primárias. A primeira foi Margareth Chase Smith, em 1964, e a segunda Nikki Haley, que foi candidata este ano retirando-se da disputa ao concluir que não venceria Trump em seu partido. Haley foi governadora da Carolina do Sul. Para as mulheres não desanimarem fica um lembrete: Hillary Clinton foi candidata quando a classe política estava no fundo do poço e Trump se apresentou como apolítico ao ponto de ter tido problemas dentro do próprio partido. Este ano, como está exposto, Kamala acabou representando o fracasso na economia promovido por Joe Biden.

Recife destaque como referência digital

Arefeitura do Recife recebeu o troféu destaque  da Plataforma Connected Smart Cities por estar no hall das principais cidades brasileiras em investimentos em tecnologia a serviço da população. A PCR também foi premiada com o Selo Diamante de Boas Práticas em Cidades Inteligentes. As comendas foram entregues ao prefeito João Campos pela CEO da Plataforma, Paula Faria.

Será que Hillary e Kamala poderiam ter conquistado a presidência americana se o adversário fosse outro?

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