Assim como conseguiu com Lula, Raquel conquista aos poucos o PT estadual

 

Deputado João Paulo, PT, faz parte do G-10 de apoio à Raquel na Alepe

O PT sempre foi o calcanhar de Aquiles dos governadores pernambucanos desde que assumiu a oposição a eles. Da sanha petista nem Miguel Arraes conseguiu escapar. Quem não se lembra de filiados ao Partido dos Trabalhadores na frente do Palácio das Princesas gritando palavras de ordem como “Arraes caduco, Pinochet de Pernambuco” enquanto Arraes se mantinha em seu gabinete no Palácio das Princesas, em seu segundo mandato? ou das greves até de policiais militares que infernizaram a vida do governador Jarbas Vasconcelos?

Só Eduardo Campos, que estreou na politica nacional sendo ministro de Lula ao lado de Humberto Costa, escapou depois, como governador, de problemas maiores. Já Paulo Câmara até vaiado foi por petistas na presença de Lula durante a campanha de 2022. A governadora Raquel Lyra, no entanto, da mesma forma que conquistou, de fininho, o coração do presidente, que a considera hoje uma aliada, está dobrando a resistência dos deputados estaduais petistas na Assembléia. Esta terça eles se ausentarem da reunião da oposição convocada para fazer um balanço crítico do primeiro ano de gestão da governadora. Mais claro impossível.

Oficialmente, a bancada do PT, constituída por três parlamentares, se diz “independente”, apesar do partido em si ter se declarado de oposição. O que teria levado a este estado de coisas? Em off, um deles disse a este blog que o relacionamento de Raquel com Lula foi suficiente para mudar o panorama. Sabe-se, porém, de bem mais que isso. A própria governadora escolheu a Fetape, controlada pelo presidente do PT estadual e deputado Doriel Barros, para sua primeira visita fora do Palácio e tem atendido às reivindicações da bancada para medidas como o aumento do valor do Chapéu de Palha e para uma abertura maior à agricultura familiar. Sempre que faz eventos convida os petistas e, em grande parte dos casos, eles comparecem.

João Paulo é do G-10

Dos três parlamentares petistas – o terceiro é a deputada Rosa Amorim, ligada ao MST – o mais próximo do Palácio hoje é João Paulo Silva, ex-prefeito do Recife. Embora em algumas ocasiões possa ter votado contra projetos governistas, ele tem se colocado a favor em mais de 90% das ocasiões. Sua atuação na Comissão de Justiça, a mais importante da casa, tem sido fundamental para o Governo. Não à-toa está inserido hoje no G-10 como é conhecido o grupo de parlamentares com os quais o Palácio pode contar.

Raquel vai ao ato do dia 8 em Brasília

Atendendo a convite do presidente Lula, a governadora Raquel Lyra vai ao ato em Brasília no próximo dia 8 (segunda-feira) em defesa da democracia. Ela esteve presente no primeiro a ato realizado em 8 de janeiro de 2023, também a convite de Lula, e vai repetir o gesto. Com sua presença fica praticamente garantida a ida de todos os governadores do Nordeste a uma sessão especial no Congresso com a presença também dos dirigentes dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, vítimas da depredação de suas sedes há um ano atrás.

Álvaro cobiçado

Embora não possa sair agora do PSDB para não correr o risco de perder o mandato, o presidente da Assembléia Legislativa, deputado Álvaro Porto, está em busca de uma legenda que abrigue o seu grupo político que inclui prefeitos e vereadores além de candidatos e candidatas a prefeito/a. A conversa que teve com o senador Fernando Dueire do MDB obedeceu ao objetivo de iniciar um processo que deve incluir outras legendas. A decisão de Álvaro é fundamental para engordar o partido que abrigar seu grupo.

 

Que legenda vai ganhar a filiação do grupo político do presidente da Assembléia, deputado Álvaro Porto?

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