Após turbulências iniciais, base de Raquel se articula e acerta o passo na Alepe

 

Com uma base pequena na Assembléia, a governadora Raquel Lyra acumulou derrotas na casa nos primeiros meses do seu mandato mas, após uma onda de desacertos que causaram desgaste político com as inevitáveis repercussões negativas, um bem articulado trabalho liderado pelo presidente da Comissão de Justiça, deputado Antonio Moraes(PP), conseguiu o que parecia impossível: a aprovação, por unanimidade, esta terça-feira do projeto da governadora, largamente criticado pela oposição, que garante o piso nacional do magistério aos professores do estado – concursados ou contratados provisoriamente – sem incluir – como deseja o Sintepe – um aumento linear para toda a categoria.

Para conseguir o intento trabalharam nos bastidores, além de Antonio Moraes, o vice-lider do Governo, Joãozinho Tenório(Patriotas) e os deputados Renato Antunes(PL), Débora Almeida(PSDB), Joaquim Lira(PV) e Kaio Maniçoba(PP). A estratégia foi ressaltar que a Comissão de Justiça só julgaria a constitucionalidade da matéria, deixando para a comissão de educação o julgamento do mérito, o que segurou a reação da oposição e se conseguiu inclusive o voto dela na CCJ. Com a matéria dividida em duas e já aprovada na justiça, a grosso modo, o projeto já poderia ser votado em plenário com parecer das comissões de finanças e administração mas, respondendo a apelo do deputado Waldemar Borges, presidente da Comissão de Educação, se concordou em aguardar o pronunciamento da mesma no próximo dia 16.

A reunião da comissão de educação para debater o tema, no entanto, já começará sem força, caso as três principais comissões, como está previsto, aprovem o projeto. Percebendo isso, a líder da oposição, deputada Dani Portela, se uniu aos deputados Waldemar Borges, João Paulo e Luciano Duque num apelo para que a governadora se antecipe, garantindo desde já um aumento linear para os professores “mesmo menor que o pedido” como afirmaram, ou, como fez o governador Paulo Câmara no ano passado, se proponha a estabelecer uma data para que isso aconteça. De uma forma ou de outra, o apelo pode ser atendido mas, mesmo isso não acontecendo, é quase impossível a oposição derrotar uma matéria em plenário que já passou pelas principais comissões da Alepe. Nesse assunto o Governo já ganhou.

Linha de frente de Raquel na Alepe

O resultado da votação do projeto do piso do magistério demonstrou que hoje a linha de frente da base da governadora Raquel Lyra na Alepe está constituída pelo líder do Governo, deputado Izaías Regis (PSDB), deputado Antonio Moraes (PP), presidente da Comissão de Justiça, e mais os deputados Joãozinho Tenório (Patriotas), Débora Almeida (PSDB), Renato Antunes (PL), Joaquim Lira (PV) e Kaio Maniçoba (PP).

BR ainda em conclusão

A Br-232 apresentou esta segunda-feira momentos de retenção do tráfego na área triplicada para a realização de um serviço já previsto, segundo o secretário de infraestrutura, Evandro Avelar. Tratou-se, como ressaltou, de um nivelamento da pista nova com a antiga que ainda não tinha sido feito por conta dos feriados, quando o movimento aumenta nos finais de semana. “Daqui pra frente, até serem concluídos os trabalhos no entorno da pista, ainda teremos algum problema pontual mas não na dimensão do que ocorreu anteontem”- explicou.

Obra esgotada

O deputado Antonio Moraes, que lançou na semana passada um livro com sua biografia, vendeu até ontem os 500 exemplares da primeira edição e encomendou uma segunda para, conforme ressaltou, “atender pedidos dos amigos do Grande Recife e do interior”. A renda da venda do livro será revertida para o Lar dos Idosos da cidade Macaparana, na Mata Norte, onde o deputado nasceu e onde ele vai fazer um segundo lançamento nos próximos dias.

Deltan degolado

Acompanhando o parecer do TSE, a Câmara dos Deputados confirmou esta terça-feira a cassação do mandato do deputado federal pelo Paraná, Deltan Dallagnol, um dos principais expoentes da Lava Jato. Em Brasília corre à solta a informação de que o próximo a ser cassado é o senador Sérgio Moro que comandou a operação de combate à corrupção. O sistema reage na mesma proporção em que foi atacado. Aconteceu na Itália com a operação Mãos Limpas e se repete no Brasil.

Pergunta que não quer calar: além de Deltan e, possivelmente, de Moro, Bolsonaro também vai ter seu momento de degola?

E-mail: terezinhanunescosta@gmail.com

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