Apenas seis dos 49 deputados estaduais se dispõem a entrar na disputa para prefeito

 

              Na atual legislatura, iniciada em fevereiro de 2023, houve uma grande renovação na Assembléia Legislativa. Mais de 40% dos  atuaisparlamentares são novos, em sua maioria ex-prefeitos. Esperava-se que neste ano de 2024 mais de uma dezena dos 49 deputados fossem candidatos a prefeito, como eles próprios manifestavam no início do ano. Ontem, porém, o número estava reduzido a seis e ainda podem haver desistências. São pré-candidatos Mário Ricardo, do Republicanos, em Igarassu; Luciano Duque, do Solidariedade, em Serra Talhada; Cleber Chaparral, do União Brasil, em Surubim; Lula Cabral (Solidariedade) e Joel da Harpa, do PP, no Cabo de Santo Agostinho; e Dani Portella, do PSOL, no Recife.

O que teria levado às desistências. A mudança de estratégia dos grupos políticos foi o principal motivo. O deputado Franz Hacker(PSB) preferiu reforçar toda a sua base na Mata Sul e colocou o filho Hildo Hacker como pré-candidato a vice da prefeita de Serinhaém. O deputado  Nino de Enoque (PL) também colocou um filho como candidato a prefeito de Moreno, sua base política. A deputada Simone Santana(PSB) desistiu da pré-candidatura a prefeita de Ipojuca para apoiar o esposo Carlos Santana, que já foi prefeito e deputado estadual. O deputado Dannilo Godoy (PSB) pensou em voltar a governar Bom Conselho mas abriu mão para um irmão. O deputado Rodrigo Farias (PSB) desistiu de tentar se eleger em Surubim, o mesmo acontecendo com o deputado Waldemar Borges(PSB) que chegou a pensar em se candidatar em Gravatá mas refluiu. João Paulo Silva foi citado como nome do PT para o Recife mas os petistas preferiram pleitear a vice de João Campos.

                 No início de 2023 muitos ex-prefeitos eleitos deputados chegaram a reclamar nos bastidores da Alepe da falta de independência dos parlamentares. Haviam se acostumado nas Prefeituras a ter liberdade sobre seus territórios. Mas com o tempo e as dificuldades dos atuais prefeitos de fechar as contas dos seus municípios após a queda na arrecadação federal e, consequentemente, nos repasses do FPM (Fundo de Participação dos Municípios), o entusiasmo foi arrefecendo. Agora o que se houve mais é o contrário. Prefeitos bem avaliados que estão concluindo o segundo mandato começam a se preparar para em 2026 se candidatarem a estadual ou até federal.


Mário e Luciano

            Apesar de constarem como pré-candidatos a prefeito, os deputados Mário Ricardo, de Igarassu, e Luciano Duque, de Serra Talhada, só vão confirmar suas candidaturas perto as convenções partidárias. Mário está se deslocando pelo município acompanhado do filho Miguel, que também  tem pontuado bem nas pesquisas, e que, se continuar assim, pode assumir a candidatura deixando Mário na Alepe onde ele está muito satisfeito. Luciano ainda não cravou uma decisão e tem testado também outros nomes, embora seja o mais forte nas pesquisas.

Pimentel, Botafogo, Asfora e Guiga

               Um dos prefeitos que, com certeza, vai se candidatar a federal é Raimundo Pimentel, de Araripina. Guiga, de Vicência, pensa em se candidatar a estadual. Manoel Botafogo, de Carpina, também pode voltar para a Assembléia ou apoiar sua irmã Judite Botafogo na disputa para a Alepe. Roberto Asfora, de Brejo da Madre de Deus, também é citado como provável candidato a estadual. Mas todos os nomes só serão conhecidos após a eleição deste ano e o resultado das urnas.

Inimigos ocultos

              A prisão dos prováveis mandantes do assassinato da ex-vereadora do Rio, Marielle Franco, trouxe à ordem do dia o caso do ator Guilherme de Pádua que matou a atriz Daniella Perez e acompanhou a sua mãe, Glória Perez, na busca pela elucidação do crime. Com Marielle dois casos semelhantes aconteceram. O delegado Rivaldo Barbosa, acusado de ter planejado o crime quando era chefe da Polícia Civil do Rio, tornou-se amigo da família de Marielle e chegou a consolar a mãe e a irmã da vítima mais de uma vez prometendo esclarecer o caso. Outro delegado Giniton Lages, acusado de obstruir as investigações, chegou a escrever um livro com o sugestivo título “Quem mandou matar Marielle?”.

Alepe quer debater com Jungmann

            Ontem, na tribuna da Assembleia, o deputado João Paulo Silva (PT) sugeriu que a Comissão de Segurança Pública convide o ex-ministro Raul Jungmann para discutir sobre o crime e as organizações criminosas a partir da experiência que ele teve no Ministério da Defesa. Segundo o deputado, “se providências não forem tomadas, dentro de 10 anos Pernambuco pode enfrentar situações parecidas com as do Rio”.

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