Ao ameaçar filmar mortes de reféns israelenses, Hamas se iguala a Estado Islâmico

 

Famílias palestinas aguardam ajuda para deixar a Faixa de Gaza. Foto: AFP

Além da comoção que vem provocando em todo o mundo o ataque do grupo terrorista Hamas ao Estado de Israel este final de semana – os mortos já são mais de 1.500 nos dois lados – a situação se complicou mais esta segunda-feira quando o Hamas ameaçou matar os mais de 100 reféns israelenses que teria em seu poder – entre adultos e crianças – filmando o ato de execução e distribuindo as imagens. O Hamas quer que Israel empreenda um cessar-fogo na faixa de Gaza. Filmar reféns sendo executados é uma prática do mais repudiado grupo terrorista surgido nos últimos tempos, o Estado Islâmico, que foi dizimado no Iraque e na Síria, com apoio dos Estados Unidos, e não se tem notícia se vem se organizando em outros locais.

A ameaça do Hamas foi tida por analistas internacionais como um gesto de desespero do grupo terrorista que está vendo a Faixa de Gaza, onde se organizou, ser constantemente bombardeada por Israel e que deve ser invadida por terra a partir desta quarta-feira. O primeiro ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, não se intimou diante do Hamas e continuou ontem a declarar que o objetivo israelense é dizimar o grupo. Ele fez um apelo à oposição israelense para se juntar ao Governo, num plano de união nacional contra o terrorismo.

No Brasil, o conflito entre Israel e o Hamas, tem provocado aflição nas famílias brasileiras cujos membros estavam naquele país, como turistas, quando o bombardeio começou. Só em Jerusalém, cidade que, por enquanto, não foi alvo de ataques, havia nesta segunda 150 grupos de turistas brasileiros retidos nos hotéis à espera de providências para a volta ao Brasil. Além deles a informação é de que 1.700 brasileiros residentes em Israel, sobretudo na Faixa de Gaza, pediram repatriação. Voos da FAB começaram ontem a chegar a Telavive para fazer o transporte dessas pessoas em número de 230 em cada aeronave. O Itamarati estaria dando preferência aos brasileiros que estão em áreas bombardeadas, passando, em seguida, a atender os turistas.

Dino vem esta quarta

O ministro da Justiça, Flávio Dino, marcou encontro esta quarta-feira no Recife com a governadora Raquel Lyra. Depois de ir à Bahia, ele vem a Pernambuco anunciar apoio do Governo Federal no combate ao crime organizado. Autoridades federais, com base em levantamentos de inteligência, constataram que, depois da Bahia, onde os problemas causados pelo crime organizado já provocaram dezenas de mortes, outros estados nordestinos como Pernambuco, Ceará e Rio Grande do Norte estariam na mira desses grupos.

João Paulo quer que Raquel apoie PT

O ex-prefeito do Recife, João Paulo Silva, do PT, ocupou ontem a tribuna da Assembléia para dizer que não há previsão dos petistas virem a apoiar um candidato a prefeito da capital lançado pela governadora Raquel Lyra. “ O nosso desejo numa aproximação é de que Raquel apóie um nome do PT”. A outras lideranças petistas no estado ele próprio tem dito que não deseja ser esse candidato: “não sou candidato de mim mesmo, agora ,se o partido entender que, nas circunstâncias atuais, meu nome é o mais viável, estou à disposição”- afirmou segundo um dos líderes que procurou. O que ele diz não aceitar de forma alguma é ser o vice de João Campos.

João Fernando em Água Preta

O ex-deputado João Fernando Coutinho teve seu nome lançado como pré-candidato a prefeito de Água Preta pela ex-deputada federal Marília Arraes, vice-presidente nacional do partido Solidariedade. Em ato em que João Fernando transferiu seu domicílio eleitoral para aquele município da Mata Sul, Marília falou com entusiasmo da candidatura e disse que “as pessoas vão se surpreender com o número de candidatos a prefeito que o nosso partido vai apresentar e eleger”. Ela ainda ressaltou que o ex-prefeito de Água Preta, “Eduardo Coutinho, e João Fernando, que por 16 anos foi deputado estadual e federal, sempre foram fiéis a meu avô Miguel Arraes. A ex-deputada teve 57% dos votos de Água Preta para governadora em 2022.

Pergunta que não quer calar: até onde vai o conflito entre Israel e o Hamas agora que se descobriu que o Irã ajudou o grupo terrorista?

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