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General faz defesa contundente da democracia e do papel das Forças Armadas para resguardá-la

Esta sexta-feira o presidente Lula reuniu-se com o ministro da defesa José Múcio Monteiro e os comandantes das Forças Armadas, quando foram discutidas as repercussões dos atos de 8 de janeiro e a punição dos militares envolvidos em movimentos anti-democráticos. O que mais repercutiu na mídia, porém, foi o contundente pronunciamento feito pelo comandante militar do Sudeste, general Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva, na frente sua tropa, em defesa da democracia, do respeito ao voto popular e do papel do militar no regime democrático.

O general Tomás, como é conhecido, aproveitou uma homenagem aos militares brasileiros mortos no terremoto do Haiti em 12 de janeiro de 2010 para mandar um recado particular sobre a influência das redes sociais nos dias de hoje, a necessidade de buscar informações verídicas e, lincando o que acontece hoje com o terremoto do Haiti, país onde serviu entre 2004 e 2017, integrando a Missão de Paz das Nações Unidas, ele afirmou: “nos últimos dias nós estamos vivendo um outro tipo de terremoto no país – um terremoto politico que não causou mortes”.

– “Todos nós somos hoje hiperinformados (referindo-se às redes sociais). Para excesso de informação só tem um remédio: mais informação. E se informar com qualidade e buscar fontes fidedignas”.

E continuou, à respeito do terremoto político e sua repercussão nas Forças Armadas: “este terremoto não está matando gente mas está tentando matar nossa coesão, a nossa hierarquia e a nossa disciplina, o nosso profissionalismo e o orgulho que a gente tem de vestir essa farda. E não vai conseguir”.

– “Ser militar – prosseguiu – é ter uma instituição de estado apolítica, apartidária. Não interessa quem está no comando, a gente vai cumprir nossa missão do mesmo jeito. Isso é ser militar. Ser militar é não ter corrente. Isso não significa que ele não possa ter opinião. Ele pode ter mas ele não pode se manifestar. Ele pode ouvir muita coisa – faça isso, faça aquilo – mas ele faz o que é correto, mesmo que o correto seja impopular”.

E afirmou: “essa é a mensagem que quero deixar para vocês. Em que pese o turbilhão, o terremoto, o tsunami, nós vamos continuar íntegros, coesos e respeitosos e vamos continuar guardando a nossa democracia porque a democracia pressupõe liberdade e garantias individuais e públicas. É o regime do povo, da alternância de poder. E o voto e, quando a gente vota tem de respeitar o resultado da urna. Essa é a convicção que eu tenho. Mesmo que a gente não goste do resultado – nem sempre é o que a gente queria – mas esse o papel da Instituição de Estado que respeita os valores da Pátria”.

Redação blogdellas – Fotos: Divulgação

E-mail: redacao@blogdellas.com.br

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