Exposição de Mayssa Leão foca no impacto dos resíduos nas mudanças climáticas
A artista recifense Mayssa Leão está com exposição individual no Shopping Tacaruna, apresentando 16 pinturas acrílicas e uma instalação com CDs descartados. A mostra, que ressalta a questão dos resíduos e suas implicações nas mudanças climáticas, busca provocar a reflexão sobre o acúmulo de lixo, tanto terrestre quanto espacial, em um momento crítico para o meio ambiente.
Mayssa, que une sua formação em Direito Ambiental à sua experiência artística, explora a dinâmica entre criação e destruição. “Minhas obras são uma interseção do passado rochoso da Terra e sua evolução para um planeta cheio de vida. Quero mostrar como estamos todos conectados por essa força cósmica indomável”, afirma a artista. Essa perspectiva a levou a criar obras que evocam a beleza e a fragilidade do nosso planeta.
As obras fazem parte de duas séries: a Cosmovisão e as Pedras Preciosas, dentro da pesquisa de Mayssa que aborda as mudanças climáticas. “Elas exploram a dinâmica cósmica: das rochas e minerais que formaram nosso planeta e como estão intrinsecamente ligados à criação e ao desenvolvimento da vida. Minhas obras são uma interseção do passado rochoso e estéril da Terra, sua evolução para um planeta repleto de vida e a delicada dança entre criação e destruição. É a força cósmica, indomável e imprevisível, que molda nossa existência e que permeia meu trabalho artístico”, define Mayssa Leão.
Mayssa Leão nasceu no Recife, em 1983. Carrega em seu DNA artístico a influência de uma família de pintoras. Sua infância foi permeada pela natureza, elemento que se reflete vividamente em suas obras. Com formação em Direito Ambiental na Espanha, Mayssa funde sua educação formal com seu talento autodidata, resultando em uma arte que dialoga com a terra e o céu. Ela explora formas abstratas que remetem a árvores, flores, nebulosas e estrelas, demonstrando uma habilidade única para capturar a essência do mundo natural e cósmico.
Seu método artístico inovador inclui técnicas culinárias, herdadas de sua experiência como chef de cozinha, onde utiliza difusor e maçarico para criar “explosões” de cores em suas telas, tornando cada obra singular e irreproduzível. A artista se destacou com prêmios internacionais de fotografia e, em 2024, participou dos 140 anos do Salão dos Independentes, em Paris, na França, com sua pintura em homenagem a Van Gogh e foi selecionada para os Salões de Pinhais/PR e Vinhedo/SP com a obra “Luz Estelar da Nebulosa da Águia”. Além de artista visual, também trabalha com curadoria de exposições.
Redação com assessoria Foto: divulgação
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