Exportadores de frutas do São Francisco são surpreendidos com restrição a produtos brasileiros na Europa

Empresas exportadoras de frutas do São Francisco para o mercado comum europeu foram surpreendidos na manhã desta terça-feira com comunicado de empresas francesas, às quais repassam seus produtos, sobre as restrições estabelecidas ontem pelo Parlamento Europeu à compra e produtos brasileiros, com o objetivo de combater o desmatamento. O comunicado enviado pela empresa francesa Helfer falava da restrição e indagava se o exportador estava ciente e se conseguia comprovar que o seu produto não vinha de áreas devastadas.

O exportador Eryvan Leal Pires conta que ficou perplexo inicialmente “estava com um contêiner seguindo para a Europa e fiquei muito preocupado sem saber o que ia fazer- contou a este blog. Ele disse que só foi se tranquilizar na hora do almoço quando ficou sabendo que a restrição até agora é para palma, madeira, cacau, chocolate, móveis, borracha e carvão vegetal, podendo se estender para a soja e a carne. Teme, porém, que isso acabe chegando a outros produtos.

– Se atingir as frutas o Projeto de Irrigação Pontal de Petrolina, que acaba de ser concluído, não se viabiliza”- disse o produtor de frutas Silvio Medeiros. O projeto Pontal foi instalado de 2020 para cá, exatamente no período considerado pelos europeus.

Sob a justificativa de que não pode ser sócio do desmatamento, o Parlamento Europeu decidiu agir em relação ao mundo todo mas, segundo autoridades do Itamarati, o objetivo maior é o Brasil onde de 2020 para cá houve um crescimento muito grande na derrubada de florestas nativas para expansão econômica sobretudo na Amazônia. A nova legislação define a aplicação de uma multa de 4% ano sobre o faturamento total da empresa que encaminhar aos países europeus produtos vindos de áreas devastadas. A título de controle a Europa se propõe a fiscalizar 9%, pelo menos, dos produtos encaminhados ao Continente.

Redação Blogdellas – Foto: Divulgação

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