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Estande do Instituto Dimitri Andrade na Fenearte promove inclusão de pessoas com autismo

Os produtos comercializados  foram fabricados por mãe e pai atípicos e são vendidos por adolescentes e adultos autistas

Em um encontro da inclusão no mercado de trabalho com o artesanato, adolescentes e adultos autistas atendidos pelo Instituto Dimitri Andrade participam da 24° edição da FENEARTE – Feira Nacional de Negócios do Artesanato, no Centro de Convenções de Pernambuco.

No estande do Instituto Dimitri Andrade, localizado na área das Redes Solidárias, próximo à praça de alimentação, adolescentes e adultos autistas comercializam  produtos artesanais que têm relação afetiva com o autismo e a inclusão, produzidos pelo ceramista Cláudio Neves e pela artesã Patrícia Melo, pai e mãe atípicos.

Entre os produtos que serão expostos e vendidos estão as peças utilitárias e decorativas de cerâmica que fazem parte da coleção “Inclusão”, produzida por Cláudio, pai de Maya, especialmente para o evento, como vasos decorativos, manteigueira francesa, pratos, molheiras e boleiras.

Ganha destaque a xícara disponível em vários tons de azul com alça no formato de um quebra-cabeça, feita em homenagem a Dimitri Andrade, adolescente com autismo, razão principal da fundação do Instituto Dimitri Andrade. Quem passar no local encontrará uma mesa posta com os itens para auxiliar na criatividade na hora de montar a sua mesa.

“Na minha relação com o diagnóstico de autismo da minha filha, eu aprendi a valorizar a cada dia o que parece pequenas conquistas. É gratificante participar da feira relacionando duas áreas que são importantes na minha vida: meu trabalho com cerâmica e a inclusão.  Essa coleção que foi criada para Fenearte é exclusiva e 30% do valor arrecadado será repassado ao Instituto para que ele siga beneficiando outras famílias como o trabalho social que desenvolvem. Meu desejo é que outras famílias possam ser ajudadas como nós fomos”, aponta o ceramista Cláudio Neves.

Peças de artesanato decorativo em mdf, como caixas para joias, maquiagem, chás, porta retratos também podem ser encontradas no estande. As peças foram produzidas pela artesã Patrícia Melo, mãe de Vitor, adulto com autismo. Patrícia encontrou no artesanato uma forma de autocuidado e de terapia após o diagnóstico do seu filho e criou a marca L’artisane. O trabalho permite que ela empreenda de casa e consiga acompanhar com proximidade o tratamento do seu filho, estando atenta às suas necessidades. “Cada peça é uma vitória e carrega a minha jornada de aceitação, os desafios singulares de uma mãe atípica, o amor incondicional de toda mãe e resiliência”, destaca a artesã Patrícia Melo.

Além disso, colaboradores do Instituto Dimitri Andrade estarão presentes para divulgar informações e tirar dúvidas sobre o autismo. Ainda estarão sendo vendidos camisas temáticas e livros sobre autismo, inclusão e métodos.

A loja do Instituto Dimitri Andrade chama a atenção para a inclusão de pessoas autistas no mercado de trabalho. Segundo o Center for Disease Control and Prevention dos Estados Unidos (CDC, em inglês), no mundo, mais de 75 milhões de pessoas com 18 anos ou mais são autistas. Entre estes, 85% da população está desempregada, conforme dados do portal Autism Speaks.

“Prezamos sempre por levar as terapias para além dos consultórios. Nossos adolescentes e adultos com autismo serão os vendedores da loja do Instituto Dimitri Andrade e, desta forma, buscamos promover sociabilidade, inclusão e emprego apoiado. Lugar de autista é onde ele quiser estar e a pessoa autista pode trabalhar se forem oferecidos os apoios de que precisa, eliminando as barreiras, o que faz crescer a autonomia e a produtividade na função”, explica a psicóloga especialista em autismo Frínea Andrade, fundadora diretora do Instituto Dimitri Andrade.

Redação com assessoria Fotos: divugação

e-mail:redacao@blogdellas.com.br

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