Em auditório lotado por funcionários públicos e estudantes secretário de educação é sabatinado na Alepe
A providência tomada pelo Governo do Estado, e acusada por alguns deputados de oposição, de lotar grande parte dos assentos com funcionários da secretaria de educação não evitou que a audiência pública comandada esta terça-feira pela Comissão de Administração Pública da Assembleia Legislativa para sabatinar o secretário de educação do estado, Gilson Monteiro, comportasse representantes sindicais e estudantis que, na falta de cadeiras, sentaram no chão e exibiram desde bandeiras das suas entidades até muitos cartazes de cobranças ao Governo. Nos intervalos, proferiam palavras de ordem exigindo providências para sanar problemas enfrentados pelas escolas do estado.
A audiência, comandada pelo presidente da comissão, deputado Waldemar Borges, do PSB, teve a mesa principal do auditório Sérgio Guerra ocupada toda ela pela oposição. Do Governo só o secretário. Os deputados governistas, agora minoria nas comissões ocuparam cadeiras suplementares. Durante mais de três horas o secretário prestou contas dos problemas apresentados como atraso na entrega dos Kits escolares, incluindo fardamento, merenda de má qualidade, em algumas unidades, falta de refrigeração e até a adoção tardia do programa Ganhe o Mundo, criado pelo PSB, e que só recentemente enviou estudantes para o Chile.
Repetindo diversas vezes que seu gabinete está aberto ao diálogo, o secretário falou pacientemente sobre todos os detalhes das licitações que têm atrasado a entrega dos materiais aos estudantes e revelou o prazo com o qual trabalha para resolver a situação ainda este ano. Citou até o problema da refrigeração explicando que muitas escolas não têm suporte energético para comportar aparelhos de ar condicionado e foi necessário que o Governo junto à Neoenergia contratasse a colocação de subestações adequadas para suprir essa carência.
Em quase toda sua fala Gilson citou a necessidade de prestar esclarecimentos ao Tribunal de Contas, deixando claro que isso resultava em atrasos. Foi acusado pelo deputado Diogo Moraes de querer culpar o TCE “quando a falha é administrativa”. Ele negou duas vezes a intenção de repassar ao Tribunal a culpa pelos atrasos, explicando “concordo que é necessário sim a viligância do TCE mas estou esclarecendo tudo porque é preciso para dirimir todas as dúvidas.
Gilson poderia ter sido vaiado pelos estudantes mas a plateia tomada por funcionários públicos inibiu arroubos maiores tanto dos deputados da oposição como dos próprios alunos que culparam a direção das escolas de os ter ameaçado caso comparecessem ao debate. O secretário respondeu que não concorda com isso, que vai apurar e, se isso realmente ocorreu, os culpados serão punidos”.
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