Economia

Elon Musk inicia nova era à frente do Twitter

 

Queria comprar. Até certo ponto ignorado. Esnobado. Insistiu , peitou e comprou. O Megaempresário, Elon Musk é o novo dono da plataforma digital como queria. Ele já anuncia a intenção de fechar o capital da empresa, além de abrandar sistemas de mediação de conteúdo para aumentar o grau de liberdade dos 217 milhões de usuários.

 

A expectativa sobre a compra do Twitter pelo CEO da Tesla, foi confirmada ontem em meio a muito barulho que o assunto vinha despertando no mercado. Por US$ 44 bilhões — US$ 1 bilhão a mais que a oferta de duas semanas atrás — o bilionário se tornou integralmente dono da plataforma digital. A transação será concretizada ainda em 2022.

 

As investidas de Musk sobre o Twitter começaram em 4 de abril, quando ele adquiriu 9% das ações da empresa, tornando-se um dos seus principais acionistas.

Em seguida, ofereceu US$ 6 bilhões a mais que o valor de mercado para comprar toda a empresa, o que não foi para frente. Em 14 de abril, determinado fez uma oferta oficial de US$ 43 bilhões, mas não obteve resposta do conselho da companhia.

 

Os mandatários do Twitter se reuniram no último domingo para avaliar a oferta e se acertaram. Com isso, os sócios da empresa receberão US$ 54,20 por ação. A novidade movimentou as bolsas de valores pelo mundo. Em Nova York, na bolsa de empresas de tecnologia Nasdaq, as ações do Twitter abriram em alta de 3,09%, cotadas a US$ 50,44. No fechamento, a valorização alcançava 6,25%.

 

O negócio, e a forma como ele será implementado, são indicações das mudanças que devem ocorrer na empresa. Há quem diga que a troca de comando no Twitter é um sinal de vitalidade para o mercado, bem como um movimento agregador de Musk nas suas outras holdings.

 

Controverso e visionário

Elon Musk chama a atenção desde sempre. Semanas atrás andou falando que não tinha casa e que dormia em quartos emprestados pelos amigos. Formado em física pela Universidade da Pensilvânia, passou a maior parte da vida na África do Sul, porque o pai tinha uma participação em uma mina de esmeraldas, na Zâmbia. Mudou-se para o Canadá com 17 anos, onde desenvolveu o feeling apurado para os negócios.

 

Ainda na infância, após aprender a escrever códigos, criou o jogo digital Blaster, que vendeu por US$ 500. Desistiu de ingressar na Universidade de Stanford para lançar a companhia de software Zip2, seu primeiro negócio, que vendeu para a Compaq Computer. A partir daí, co-fundou a X.com, empresa de pagamento de serviços financeiros on-line e de e-mail. Fundiu o empreendimento com a Confinity, operações financeiras e, do casamento, surgiu a conhecida PayPal — sistema de pagamentos on-line. Mais uma vez, lucrou com a venda da empresa para a Ebay.

 

Hoje, possui a Tesla, montadora de carros elétricos, cuja primeira rodada de investimentos, em 2004, foi liderada por ele. Também é dono da espacial SpaceX, da startup de chips cerebrais Neuralink e da empresa de infraestrutura Starlink. A escolha de investimentos deu a Musk a alcunha de excêntrico, mas ele também é considerado um empreendedor visionário. Envolto em polêmicas espalhaou informações erradas sobre Covid e vacinas no próprio Twitter. Foi classificado como controverso ao expressar preocupações com a extinção da humanidade e com o aquecimento global. Seu patrimônio é avaliado em US$ 266 bilhões, segundo a revista Forbes. Projeções indicam que ele poderá chegar ao primeiro trilhão de dólares em 2024.

 

Além de tudo isso, acena a favor do desenvolvimento seguro da inteligência artificial. Vamos ter que ouvir falar mais e por muito tempo deste Cara, não?

 

Redação do Blog Dellas com informações e ilustrações da matéria de Brendan Smialowski/ AFP)

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