Disputa do senado

será acirradíssima

 

 


Com sete candidatos a governador – cinco deles com chances de chegar ao segundo turno, conforme pesquisas até agora realizadas – Pernambuco vive um momento inusitado não só que se refere ao cargo de governador (nunca se teve tantos candidatos fortes) mas também de senador. Com uma diferença: se a eleição de governador pode ser decidida em dois turnos, possibilitando alianças capazes de mudar o cenário após o primeiro turno, a de senador é resolvida no primeiro turno. No dia 2 de outubro, portanto, o candidato mais votado vence o pleito.

Desta forma, embora não esteja descartada a possibilidade de um dos candidatos a governador crescer tanto que seja capaz de eleger o senador (pelo voto casado), caso dois ou três candidatos acabem o primeiro turno com pequena diferença percentual de votos, o senador eleito pode não ser da mesma coligação do governador, coisa rara em Pernambuco. O ultimo senador eleito assim foi Jarbas Vasconcelos, em 2006, quando o governador eleito foi Miguel Arraes, seu adversário na época.

Se havia dúvida de que isso pudesse ocorrer a pesquisa da Exame/Idéia publicada esta quinta-feira mostra um cenário de empate técnico e até numérico. O pré-candidato do PSD, deputado André de Paula teve 8% das preferências, a deputada Teresa Leitão(PT) e o ex-ministro Gilson Machado (PL) tiveram cada um 7% , a vice-governadora Luciana Santos (que não é candidata) apareceu com 6% e o ex-senador Armando Monteiro com 4%. Ainda é muito cedo para qualquer prognóstico mas podemos ter a eleição mais disputada de todos os tempos.

Escolha do governador também é incerta

No caso da eleição de governador – publicamos o resultado na coluna de ontem – também anda acirrada a disputa, o que pode favorecer a tese de um debate mais estadualizado do que nacionalizado. Seria diferente se só houvesse um candidato com o apoio de Lula e outro com o apoio de Bolsonaro. Lula vai ser citado em dois palanques – no de Danilo(PSB) e no de Marília (Solidariedade) – e Bolsonaro, embora tenha um candidato certo, que é Anderson Ferreira(PL), o candidato Miguel Coelho pode ter votos do bolsonarismo e até do lulismo pelas alianças que tem feito no interior com todos os lados. A favor da estadualização estarão Raquel, Miguel, Marília e Anderson. Só Danilo aposta na nacionalização.

Críticas a todos

O candidato a governador Anderson Ferreira foi o que mais avançou nas críticas a seus concorrentes na Sabatina UOL que aconteceu esta semana, cujos áudios estão disponíveis neste blog. Indagado sobre a identidade dos palanques ele disparou “o que está mais ausente nesta eleição é identidade. Só o nosso palanque está identificado com um único candidato a presidente. Os candidatos do PSB e Solidariedade estão disputando Lula, o do União Brasil já citou vários presidenciáveis e a candidata do PSDB já esteve com Dória e agora vai apoiar a candidata do MDB a presidente”.

Miguel não se cansa

Embora esteja em terceiro lugar nas pesquisas – empatado com Anderson Ferreira – o candidato a governador Miguel Coelho continua de município em município em busca de apoios. Ontem celebrou a conquista de Antonio de Roque, que foi prefeito de Jataúba por cinco mandatos e é uma liderança respeitável no agreste. Na próxima segunda-feira ele estará no Recife para apresentar as principais propostas do seu plano de governo.

Prefeitos, governador e presidente

A pesquisa Exame/Idéia ouviu os pernambucanos sobre as últimas chuvas que deixaram 129 mortos e cerca de 10 mil desabrigados. Dos ouvidos, 34% culparam os prefeitos pela tragédia, 21% o governador e 14% o presidente da República. Má notícia para Anderson Ferreira que acabou de deixar a prefeitura de Jaboatão e é o único ex-prefeito da área atingida a disputar mandato este ano.

Fotos: Divulgação

 

E-mail:terezinhanunescosta@gmail.com

 

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