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Dica: Na Semana Mundial do Rock, ‘Elvis’ nas telonas

Muita gente, muita mesmo o ama. Mas na atualidade muitos também não estão nem aí para quem foi Elvis Presley. Daí ser importante a vida do artista ser resgatada pelo papel que teve para com a música, com o rock. diante não se ter conhecido de nenhum registro mais profundo sobre Elvis. Sua vida e sucesso é contada, narrada a partir do ponto de vista do Coronel Tom Parker (Tom Hanks). Aqui uma lembrança: quem lembra de Tom Hanks em cena como o jovem Elvis em Forrest Gump”). Engraçado e emocionante. “Elvis” chegou ao Brasil para atender seus fãs e na semana mundial do rock (O Dia do Rock, 13 de Julho).

O filme esperado – “Elvis” mostra como o empresário conheceu o jovem Presley (Austin Butler, de “Era uma vez… Em Hollywood”), quando estava começando a se apresentar em feiras pelo interior americano. Logo, o empresário decide comandar a carreira do cantor, que se torna uma estrela do rock, conquistando fãs com sua voz e suas performances incendiárias no palco, para o desespero dos moralistas.

A obra traça um paralelo entre a ascensão de Elvis e os eventos históricos e culturais que ocorrem nas décadas de 1950, 1960 e 1970. O Coronel Parker insistia em colocá-lo sempre desvinculado do que estava acontecendo, para continuar faturando com o público americano conservador. O longa mostra seu envolvimento com seus pais, sua esposa, Priscilla Presley (Olivia DeJonge), além dos problemas com sua saúde e com as drogas.

O estilo espalhafatoso de “Elvis” talvez não caísse bem nas mãos de outro diretor. Mas é o jeito de Baz Luhrmann contar suas histórias, de maneira enérgica e às vezes exagerada .Outra boa sacada do filme é a mistura das músicas de Elvis a de cantores negros da época como Willie Mae “Big Mama” Thornton, B.B. King, Little Richard, entre outros e como suas obras não só inspiravam o ídolo como também a artistas de estilos mais contemporâneos como rap e o hip hop. Vale destacar também a ótima recriação de época, especialmente na direção de arte e nos figurinos, setores em que a equipe de Luhrmann sempre se destacou em produções anteriores.

Os momentos mais marcantes estão nas sequências que se passam em Las Vegas, quando Elvis passa a se apresentar por anos, já na fase final de sua carreira. As cenas dos shows dessa etapa, aliás, são bem impactantes.

É claro que “Elvis” não é um filme perfeito .O ritmo é irregular: partes da história passam rápido demais. A relação de Elvis com a mãe, Gladys (Helen Thomson) e o pai, Vernon (Richard Roxburgh), é pouco aprofundada, assim como a carreira do cantor no cinema. Já outras, como o início de seu declínio se arrastam além do necessário, o que pode cansar um certo cansaço do público. Mas o que fica na memória ao final de “Elvis”, além dos números musicais, são as incríveis atuações do elenco, em especial de Austin Butler e Tom Hanks.

O ator vencedor de dois Oscars veio disposto a mostrar que não é só capaz de convencer como um bom moço, mergulha de cabeça na vilania do Coronel Tom Parker, tornando-o um personagem manipulador e odioso, que se vale da ganância para explorar Elvis de todas as formas, deixando-o sob seu controle de forma incondicional. Apesar da fraca maquiagem para deixá-lo obeso, Hanks tira de letra o desafio de fazer seu primeiro grande vilão no cinema.

Mas quem realmente arrebata o público de forma exemplar é o próprio Elvis. Ou melhor, Austin Butler. “Elvis” pode não ser a cinebiografia definitiva sobre o Rei do Rock. Mas empolga.

Redação Blogdellas – Fotos:Divulgação

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