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Dia Mundial da Osteoporose: ortopedista alerta para fraturas provocadas pela doença

Uma pesquisa divulgada no último mês de agosto pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que o número de idosos brasileiros mais do que duplicou entre os anos de 2000 e 2023. Em pouco mais de duas décadas, a população brasileira com 60 anos ou mais passou de 15,2 milhões para mais de 32 milhões de pessoas. Com isso, preocupações com doenças que atingem esse público tornaram-se mais frequentes e se transformaram em problemas de saúde pública. Um desses males é a osteoporose.

Caracterizada pela diminuição progressiva da massa óssea, a osteoporose faz com que os ossos fiquem mais frágeis, aumentando o risco de fratura. Além das pessoas idosas, aquelas com dieta pobre em cálcio e vitamina ‘D’, que fumam, abusam do álcool, fazem uso exagerado de remédios à base de corticóides, são sedentárias, além de mulheres na pós-menopausa apresentam fatores de risco para a doença. Para conscientizar sobre a prevenção, o diagnóstico e o seu tratamento, o 20 de outubro foi escolhido como Dia Mundial e Nacional da Osteoporose.

Fraturas por fragilidade são uma grande preocupação para a saúde pública no Brasil. Cerca de 400 mil fraturas por fragilidade ocorrem todos os anos no país e, com o envelhecimento da população, estima-se que esse número aumente em 60% até 2030. As fraturas mais comuns ocorrem no quadril, coluna e punho. Porém, a osteoporose continua sendo subdiagnosticada e subtratada. A doença é silenciosa e a maioria dos pacientes fraturados por fragilidade nunca descobre o que causou a quebra do tecido ósseo e, por isso, não recebe o tratamento adequado.

De acordo com a Fundação Internacional de Osteoporose (IOF), um terço das pessoas com mais de 65 anos cai a cada ano e o risco aumenta com a idade. Além disso, 50% das pessoas que sofreram uma fratura ligada à osteoporose sofrerão outra. “As quedas podem afetar, seriamente, a independência do paciente, provocando incapacidade, mudanças no estilo de vida e redução da atividade diária, podendo resultar em isolamento social e até morte”, explica Adauto Telino, coordenador de Ortopedia do Hospital Miguel Arraes (HMA/FGH).

Até 2050, prevê-se que a incidência de fraturas de quadril nos homens aumente 310% e 240% nas mulheres, em comparação com 1990. Fraturas desse tipo, além de limitarem a mobilidade e a execução de tarefas do dia a dia por longos períodos, podem colocar em risco a vida do paciente. “Por isso é importante investir na prevenção, com a adoção de medidas que incluem alterações tanto nos hábitos cotidianos quanto alimentares, assim como no ambiente da casa, para evitar quedas”, alerta Adauto. “E também na capacitação e conscientização dos profissionais de saúde a respeito da detecção de baixa densidade óssea em pacientes de risco, para que se possa definir o plano ideal de tratamento”.

Redação com assessoria Foto: divulgação
e-mail:redacao@blogdellas.com.br

 
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