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Dia do Cardiologista: O que acontece com o coração quando envelhecemos?

Nesta quarta-feira (14), é lembrado o Dia do Cardiologista, data que, além de homenagear os profissionais que cuidam da saúde do coração, é uma oportunidade para ampliar o debate sobre a prevenção de doenças cardiovasculares.

“À medida que as pessoas envelhecem, existem algumas modificações próprias do coração, como paredes do coração mais espessas e as câmaras cardíacas (ventrículos e átrios) discretamente maiores. Existe também um enrijecimento da parede dos vasos, que ficam menos elásticos. Todas essas alterações, associadas a fatores de risco como colesterol e diabetes, aumentam as chances de aterosclerose, que se caracteriza pela formação de placas de gordura na parede das artérias do coração e de outras localidades do corpo humano”, detalha a cardiogeriatra Jessica Garcia, coordenadora médica do Internamento do Hospital Eduardo Campos da Pessoa Idosa (HECPI), no Recife.

Na pessoa idosa, a frequência cardíaca também tende a ser discretamente mais baixa. “Quando a pessoa idosa desenvolve atividade física, a frequência cardíaca geralmente não aumenta como nas pessoas mais jovens”, complementa a médica.

As doenças cardiovasculares também estão entre os principais diagnósticos relacionados ao internamento da pessoa idosa. Além disso, a presença de problemas que levam ao surgimento de doenças cardiovasculares, como diabetes e hipertensão, pode potencializar o agravamento do quadro dos pacientes hospitalizados.

Arritmias cardíacas, valvopatias, cardiopatia isquêmica, aneurisma de aorta e a hipertensão arterial sistêmica, levando à cardiopatia hipertensiva, estão entre os principais problemas que afetam o coração da pessoa idosa.

Prevenir para preservar

A cardiogeriatra reforça que é importante prevenir o surgimento dessas doenças para preservar a saúde cardiovascular. “Mesmo com as alterações fisiológicas do envelhecimento, é preciso trabalhar os fatores de risco para evitar o surgimento das doenças cardiovasculares. Isso é possível com o controle dos níveis de colesterol, da pressão arterial, dos níveis glicêmicos (controle do açúcar no paciente diabético), estimulando a prática de atividade física regular (evitando o sedentarismo) e ainda incentivando a cessação do tabagismo”, finaliza a médica.

Redação com assessoria Foto: reprodução

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