Dezembro Laranja alerta para prevenção do câncer de pele
Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), a cada ano, surgem cerca de 185 mil novos casos
Como um país tropical, o Brasil é privilegiado pela abundância de luz solar, que desempenha um papel crucial na saúde e no bem-estar, sendo também a principal fonte de vitamina D, essencial para a mineralização óssea e o equilíbrio do organismo. Além disso, tem um impacto direto no humor, promovendo a liberação de hormônios que ajudam a combater o estresse. No entanto, para aproveitar esses benefícios de forma saudável, é fundamental adotar a moderação e os cuidados adequados.
O câncer de pele é caracterizado pelo crescimento anormal e descontrolado das células que formam a pele. Essas células se agrupam em camadas, e a natureza do câncer depende da área e do tipo celular afetado. A radiação ultravioleta (UV) é o principal fator causador dos tumores cutâneos, e, por isso, a doença está diretamente associada à exposição solar e ao uso de bronzeamento artificial. A exposição prolongada e sem proteção aos raios UV está fortemente ligada ao desenvolvimento de câncer de pele, que pode se manifestar de formas menos agressivas, como os carcinomas basocelulares (CBC) e espinocelulares (CEC), ou, em casos mais graves, no melanoma, que pode resultar em metástases.
O dermatologista Sebastian Ferreira, credenciado ao Cartão São Gabriel, explica como identificar os sinais suspeitos do câncer de pele. “Os cânceres de pele, geralmente, se desenvolvem em áreas expostas ao sol, como as partes do corpo mais frequentemente descobertas. As lesões mais comuns começam como pequenas pintas ou nódulos que podem crescer lentamente ou mais rapidamente. Elas podem sangrar facilmente e apresentam características como pápulas (carocinhos), muitas vezes com um aspecto brilhante, além de pequenas microvarizes (vasculatura) ao redor. Também podem apresentar formas descamativas, como placas, que são lesões precursoras do câncer de pele. Essas placas costumam ser de cor rósea, mas podem ser esbranquiçadas e apresentar descamação. Em alguns casos, elas podem até se tornar lesões elevadas. Embora essas lesões sejam mais comuns nas áreas expostas ao sol, também podem surgir em outras partes do corpo, como o couro cabeludo ou nas áreas de dobras da pele. No entanto, as regiões mais frequentemente afetadas são as áreas descobertas, especialmente nos tipos mais comuns de câncer de pele”, afirma o especialista.
A maior parte dos cânceres de pele nos tipos basocelular e espinocelular é tratada por meio da remoção cirúrgica da lesão. O tratamento pode variar conforme a localização do tumor, o estágio da doença e as condições físicas do paciente. Em casos mais avançados, alternativas à cirurgia ou tratamentos complementares incluem terapias locais, radioterapia, terapia-alvo, quimioterapia e imunoterapia.
O dermatologista Sebastian também destaca a frequência ideal para consultas e exames preventivos, além de orientar sobre o protetor solar mais adequado para cada tipo de pele. “É fundamental procurar o dermatologista para uma avaliação periódica, pelo menos duas vezes ao ano, ou seja, a cada seis meses. Pessoas com histórico de câncer de pele têm, segundo diversas pesquisas, 35 vezes mais chances de desenvolver novas lesões. Por isso, esses pacientes devem manter um acompanhamento mais frequente, podendo ser a cada três ou quatro meses, ou seja, de três a quatro vezes por ano. As radiações solares mais comuns são os raios UVA e UVB. A radiação UVA é responsável pelo bronzeamento, enquanto a radiação UVB está mais associada às queimaduras solares, tornando essas radiações especialmente perigosas. Isso reforça a necessidade de proteção constante ao longo do dia, tanto com proteção mecânica, como roupas adequadas, quanto com proteção química, utilizando protetor solar”, conclui.
Redação com assessoria Foto: divulgação
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