Deputada estadual Socorro Pimentel acusa União Brasil de violência política de gênero

Médica, com atuação destacada no Sertão do Araripe, a deputada estadual Socorro Pimentel, líder da governadora Raquel Lyra na Assembeia Legislativa, fez pronunciamento contundente na tribuna esta segunda-feira acusando a Oposição na casa e seu partido, o União Brasil, de violência política de gênero por não tê-la indicado para participar da Comissão de Saúde, como solicitara, e nem a respeitado como líder do partido, destituindo-a fora do prazo previsto no regimento, ao arrepio das normas da Alepe.

“ A violência de gênero não é apenas física ou verbal mas também está presente em formas de exclusão que buscam invalidar a nossa presença nos espaços de poder “ – explicou. “ Essa realidade não atinge só a mim mas a todas as mulheres. Trata-se de um desrespeito grave. Falava-se em harmonia mas não é isso que querem, atrelando seus posicionamentos como forma de antecipação da eleição de 2026”.

A deputada não citou nomes mas deixou claro que estava se referindo aos deputados Antonio Coelho, irmão do ex-prefeito de Petrolina, Miguel Coelho, líder do partido, Edson Vieira e Romero Albuquerque. “ Me sinto desrespeitada como médica mas como a única mulher do União Brasil “ – disse. Socorro falava de ofícios assinados pelos três deputados citados que, na sua opinião, foram contra seus direitos como mulher e como médica.

Ela fez um apelo à oposição, que domina as três principais comissões e deseja ocupar a presidência das demais. “ Isso é abuso de poder. Espero que todos possam pensar e agir com tranquilidade e ainda dar um jeito em tudo que foi feito de errado nesta casa nos últimos dias. É preciso mudar de rota, cuidar da imagem desta casa que teve seu regimento vilipendiado de todas as formas. É algo pequeno e politiqueiro querer transformar a Assembleia em reduto eleitoral”.

Por fim ela elogiou a governadora e a vice “que fazem com sua força e capacidade um a gestão pública de excelência. Elas são símbolos de nossa luta, a luta de todas as mulheres por ocupar espaços de poder e também são vítimas com meu do machismo. Mas a gente não vai permitir que qualquer violência de gênero venha fragilizar um Governo que faz muito pelo nosso estado.- concluiu.

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