Daniel Coelho promete tarifa zero no transporte se eleito prefeito e faz acusações a João Campos
“Sou candidato a governar o Recife não a ser candidato a governador em 2026”- afirmou esta sexta-feira o pré candidato a prefeito do Recife pelo PSD, ex-secretário estadual Daniel Coelho, na sabatina Uol-Folha de São Paulo. Terceiro dos três pré-candidatos convidados para participar da sabatina – os outros foram o prefeito João Campos e o ex-ministro Gilson Machado – Daniel criticou diversas vezes João Campos por, segundo ele, estar na disputa pensando em 2026 e não 2024 e completou: “o correto seria ter convidado para este debate o candidato a vice dele para sabermos o que vai acontecer se ele ser eleger e sair depois entregando a cidade a um vice prefeito”.
Sem papas na língua, o pré-candidato acusou João Campos de “ter gasto R$ 500 mil dos cofres públicos para fazer promoção pessoal no carnaval”. Falou que esse dinheiro teria sido gasto com o pagamento a influencers, de páginas muito acompanhadas na Internet, e que teriam usado suas páginas para mostrar o prefeito e não o carnaval. Ele disse que o assunto será motivo de processo judicial.
Entre suas propostas para o Recife ele citou a implantação da tarifa zero no transporte público da capital. Falou que o gasto será de R$ 150 milhões/ano o que corresponde a 2% do orçamento atual da cidade. Para ele esta será uma maneira de estimular a população a usar mais o transporte público reduzindo a circulação os veículos particulares. Nesses termos disse que João Campos “não gastou um centavo no sistema de transporte em seu período de mandato. Está sendo tudo bancado pela governadora Raquel Lyra”. Defendeu o entendimento entre os governantes a nível municipal, estadual e federal e concluiu: “lamento que o ambiente de conflito do prefeito com a governadora melhore daqui pra frente”.
Daniel foi instado, diversas vezes a falar de Raquel e algumas ele próprio inseriu a governadora no debate. Também foi perguntado por exemplo sobre o fato da aprovação da governadora entre os recifenses estar baixa. Ele disse que “a urna é a grande medida da aprovação popular. Raquel está trabalhando, vai avançar e isso será medido no momento certo”.
Surpreendido no final da sabatina pela divulgação da pesquisa DataFolha que mostra João Campos com 75% das intenções de voto. Ele vem em segundo com 7%, Daniel, inquirido pelos entrevistadores, disse uma frase que repetiu algumas vezes durante a entrevista: “vai ter disputa. As coisas não vão bem e vamos chegar lá”.
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