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Cozinha Comunitária quilombola recebe curso de qualificação profissional para beneficiários


Iniciativa, resultado da parceria entre o Governo do Estado e a Solar Coca-Cola, tem foco no empreendedorismo e desenvolvimento local

As cozinhas comunitárias são locais de combate à fome para aqueles em insegurança alimentar e nutricional. Mas agora, elas também se tornarão salas de aula. Isso porque, a partir desta terça-feira (08), tem início uma qualificação profissional, resultado da parceria entre o Governo de Pernambuco, por meio da Secretaria de Assistência Social, Combate à Fome e Políticas sobre Drogas (SAS), e a Solar Coca-Cola, para 30 beneficiários da Cozinha Comunitária Quilombola 11 Negras, no Cabo de Santo Agostinho.

O projeto, que une aulas nas áreas de alimentos e negócios, inicialmente será oferecido para 150 pessoas nos municípios de Vicência, Bezerros, Cabo de Santo Agostinho, Palmares e Belo Jardim.

As aulas, que ocorrerão entre outubro e dezembro, são compostas por cinco módulos, totalizando 26 horas de carga horária. Com uma abordagem dinâmica, as atividades incluem aulas expositivas, discursivas e práticas. Os beneficiários aprenderão sobre boas práticas e manipulação adequada de alimentos, cidadania e empreendedorismo, ficha técnica e precificação, conceitos fundamentais sobre mídias sociais e marketing digital, além da produção de doces e salgados.

O projeto busca não apenas fornecer habilidades técnicas e incentivar a autonomia financeira, mas também fortalecer a autoestima e a confiança dos participantes. Ao capacitar esses indivíduos, o projeto pretende criar uma rede de empreendedores locais que contribuirão para o desenvolvimento econômico de suas comunidades. Com isso, o programa visa não só gerar emprego e renda, mas também estimular a economia local no estado.A expectativa é que, em 2025, o projeto seja ampliado.

Programa Bom Prato – O Programa Bom Prato, que estabelece as cozinhas comunitárias como referência no combate à fome em Pernambuco, é realizado em parceria entre o governo e os municípios. Para a abertura de cada cozinha, a gestão estadual cofinancia um enxoval no valor de R$ 50 mil, destinado à compra de equipamentos e insumos iniciais. Além disso, o governo repassa R$ 20 mil mensais para a manutenção das cozinhas, garantindo que cada unidade funcione de forma eficaz.

Atualmente, Pernambuco conta com 164 cozinhas comunitárias, das quais 70 foram inauguradas em 2024 e 109 durante a gestão de Raquel Lyra. Essas cozinhas estão distribuídas em diversas regiões, com 46 no Sertão, 68 no Agreste, 40 na Zona da Mata e 10 na Região Metropolitana do Recife. Cada unidade tem a capacidade de fornecer 200 refeições, seja almoço ou jantar, cinco dias por semana, atendendo pessoas em situação de insegurança alimentar e nutricional, encaminhadas pelos Centros de Referência da Assistência Social (CRAS), Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) ou Centros Pop.

O cofinanciamento estadual das cozinhas comunitárias, previsto no orçamento de 2024, é de R$ 39,2 milhões. Este valor representa um aumento de 108% em relação a 2023 e um acréscimo de 259% em comparação a 2022. Desde o início da gestão até julho de 2024, o número de refeições distribuídas atingiu 7,9 milhões, e a meta é alcançar 214 cozinhas comunitárias até o final do ano.

Redação com assessoria Foto: divulgação

e-mail:redacao@blogdellas.com.br

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