Copa do Mundo 2022 LGBTQIA+: Uma pausa para fazer história
A ONG HRW (Human Rights Watch) denunciou , bem antes da Copa do Mundo começar, o mundo acompanhou , que a polícia do Qatar deteve arbitrariamente e cometeu abusos contra integrantes da comunidade LGBTQIA+ . Muito se leu até aqui sobre os costumes, cultura e intolerância do país .
Mas a seleção alemã de futebol , uma vez em campo, faz história. Protestou contra a decisão da Fifa de proibir o uso de uma braçadeira em defesa da diversidade e com arco-íris. Antes da partida contra o Japão, pelo grupo E da Copa do Mundo de 2022, no Qatar, os onze jogadores titulares posaram para a foto oficial com a mão sobre a boca, em sinal de censura. Sete seleções europeias planejavam usar a braçadeira colorida “One Love” (um amor), em favor da inclusão e contra a discriminação. Inglaterra, País de Gales, Bélgica, Dinamarca, Alemanha, Holanda e Suíça, porém, desistiram após a entidade máxima do futebol anunciar que puniria os capitães com cartão amarelo. As federações criticaram a inflexibilidade da Fifa.
Com braçadeira de capitão, queriam os jogadores dar pela diversidade e o respeito mútuo. Os direitos humanos não são negociáveis, devem ser levados a sério , respeitados.
O regulamento prevê que os capitães usem “as braçadeiras fornecidas pela Fifa” durante a competição. Foi o que o capitão Manuel Neuer fez nesta quarta-feira (23). Caso contrário, o árbitro pode pedir ao jogador que abandone o campo para “corrigir a vestimenta”, e, em caso de incumprimento desta instrução, o jogador pode ser repreendido. A Bélgica foi proibida também de usar uma camiseta com a inscrição “Love” (“Amor”, em inglês). Essa camisa, em grande parte branca, mas com partes nas diferentes cores do arco-íris.Diante da polêmica, a Federação Dinamarquesa de Futebol afirmou que estuda se desfiliar da Fifa.
A homossexualidade é ilegal no Qatar, e alguns jogadores de futebol levantaram preocupações com os torcedores que viajam para o evento, especialmente lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros (LGBT) e mulheres —que, segundo grupos de direitos humanos, são discriminados pelas leis do país-sede da Copa.
Em defesa dos direitos humanos que todos sintam-se gays, deficientes, negros, gordos, árabes, judeus, africanos…E não importa raça, credo , orientação sexual. Que todos sejam bem-vindos à Copa.
Redação com veículos – Foto: Divulgação (Folha de São Paulo)
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