Conquista de
novas siglas estressa

palanques e candidatos no estado

 

Acostumado a eleições muito polarizadas e com apenas dois palanques fortes nas quais o candidato do Governo conseguia o apoio da maioria das siglas e a oposição ficava às vezes com menos de 30% do tempo de TV, Pernambuco experimenta este ano um racha na Frente Popular nunca visto e a presença de quatro palanques fortes de oposição. O resultado é um clima de estresse generalizado em torno da conquista de novas siglas, sobretudo as pequenas. Qualquer tempo adicional de TV trazido por um desses partidos pode causar danos ao palanque adversário e fechar o tempo.

No campo governista vive-se há dias a espera pelo anuncio da chapa da pré-candidata a governadora Marília Arraes e seu respectivo butim, aqui definido como tempo de televisão subtraído da Frente Popular. Marília, filiada a um pequeno partido, o Solidariedade, pode confirmar em seu palanque além do PSD de André de Paula, o PP de Eduardo da Fonte e o Avante de Sebastião Oliveira. Ontem teve o apoio do pequeno PROS.


Na oposição tem causado reboliço o avanço do candidato da União Brasil, Miguel Coelho, que conseguiu subtrair do palanque do pré-candidato Anderson Ferreira (PL), o PSC . Miguel ,queconta com a UB (o maior tempo entre os partidos) tem o apoio também do Podemos do deputado Ricardo Teobaldo e pode conquistar o Patriotas.

Reação às investidas

Da mesma forma que tem sido forte a investida dos candidatos sobre outros partidos, a reação tem sido proporcional. Ontem na Assembleia comentava-se, a boca pequena, que o PSB teria ameaçado não dar legenda ao deputado estadual Rogério Leão que saiu do Avante e faz dobradinha com Sebastião Oliveira caso o Avante realmente venha a apoiar Marília. Já Anderson Ferreira não escondeu a irritação, em coletiva à imprensa, quando indagado sobre a perda do PSC para Miguel,  respondeu : as convenções partidárias são em agosto não é? Então vamos com calma, passo a passo. Deixou claro que não considera o PSC como causa perdida.

Bivar de pronuncia

O assédio parece que tem sido maior sobre o próprio partido de Miguel, a Uniào Brasil.  Chegou-se até a cogitar que o presidente nacional Luciano Bivar poderia levar a UB para a Frente Popular ou mesmo apoiar Bolsonaro. Ontem, Bivar deu um basta às investidas. Na coluna de Guilherme Amado do Metrópoles, de Brasília, o jornalista noticiou que Bivar avisou a interlocutores de outros partidos que foram procurá-lo para falar de Pernambuco que a única pessoa credenciada para tratar do assunto no estado é o pré-candidato a governador Miguel Coelho. Espera, segundo o jornalista, que as investidas cessem por aí.

Tempo de cada um

Embora algumas legendas ainda não tenham definido para onde vão, hoje o candidato da Frente Popular Danilo Cabral ,só com os partidos já certos, soma 3 minutos no guia eleitoral. Miguel Coelho, o segundo, conta com 2 minutos e 48 segundos. Marília, se mantiver os partidos prometidos, ficará em terceiro lugar com 1 minuto e 46 segundos. Raquel Lyra com 42,57 segundos ficaria em quarto e em quinto Anderson Ferreira com 36,53 segundos mas ainda pode conquistar o PTB. O PSOL ,que fez coligação com a Rede , fica com 14, 22 segundos.

Candidatos definidos

A eleição deste ano já conta com nove candidatos a governador de Pernambuco. Danilo Cabral (PSB) Marília Arraes (Solidariedade), Miguel Coelho (União Brasil), Raquel Lyra(PSDB), Anderson Ferreira (PL), Jones Manoel (PCB),  Armando Filho (PRTB), João Arnaldo (PSOL) e Jackson Bombeiro (PMB).

Fotos: divulgação

E-mail: terezinhanunescosta@gmail.com

 

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