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Com ausência do PT, bancada de Oposição na Alepe acusa Raquel de “inoperância”

Um ano depois da posse da governadora Raquel Lyra, a bancada de oposição na Assembléia Legislativa fez esta terça-feira, sob o comando da líder do bloco, a deputada Dany Portela (PSOL), um balanço da atuação da governadora nos primeiros doze meses de mandato, destacando “ a falta de diálogo e de transparência” com os deputados estaduais e os servidores públicos e apontando as falhas da nova gestão, por setor, com destaque para a segurança pública. Segundo o grupo, enquanto a governadora “demorou 10 meses para apresentar o seu projeto Juntos pela Segurança, os números de violência só fizeram crescer”.

– De janeiro a novembro – afirmou Dani Portela – cresceu em 5,3% o número de vítimas de mortes violentas intencionais (homicídios), se comparados com os números do ano anterior. Os feminicídios aumentaram, no mesmo período, 7,8% e houve um aumento de 19% nos casos de violência contra a mulher”. Também acusou “um crescimento de 11% nos crimes contra a população LGBTQIAPN+ e em 30% as mortes provocadas por agentes do estado (policiais).

Em coletiva da bancada pela manhã, só compareceram, além de Dani Portela, três deputados do PSB ( o partido elegeu 13 parlamentares estaduais em 2022), no caso, os parlamentares Waldemar Borges, Sileno Guedes e Rodrigo Farias, além do deputado Gilmar Junior, do PV. Foi notada, sobretudo, a ausência de PT, que tem três deputados e da maioria do PSB. Dani explicou que convidou os que atuam mais fortemente na bancada ou que se encontravam no Recife. Ouvido por este blog, o deputado estadual João Paulo Silva, do PT, esclareceu pela manhã que estava na estrada voltando de Maceió e que Doriel Barros e Rosa Amorim se encontravam no interior. João Paulo é hoje considerado base de Raquel na Alepe.

Sobre a área de educação, os oposicionistas falaram da falta de merenda nas escolas e de atraso na entrega de fardamentos e materiais escolares. O deputado Waldemar Borges falou em “episódios mal explicados como a desapropriação do terreno do Colégio Americano Batista por R$ 80 milhões sem um projeto para o imóvel, bem como o interesse em contratar, sem licitação, a Feira Nordestina de Livros (Fenalivro) por R$ 52 milhões, 40 vezes que o investido em edições anteriores do mesmo evento” (o Governo acabou desistindo dessa contratação).

Já o deputado Rodrigo Farias disse que obras que haviam sido iniciadas em 2021 foram paralisadas “como a PE-45, que liga Vitória a Escada e a PE-83 que liga Surubim a Cumaru”. Também citou a autorização do Governo “para que 200 ônibus deixassem de circular na RMR e a falta de prorrogação de parte dos subsídios para o setor o que pode impactar, já neste início de ano, no valor da passagem e na oferta do serviço”. Destacou ainda que “em 2023, Pernambuco se transformou em um verdadeiro cemitério de obras que estavam em andamento até dezembro de 2022”.

O deputado Sileno Guedes reclamou “da falta de previsão orçamentária para projetos como Mãe Coruja, CNH Popular e Olhar para as Diferenças”. Os três foram marcas das gestões socialistas. Ele também citou o aumento da alíquota do ICMS de 18 para 20,5% a partir deste mês, informando que apesar da manifestação da Fiepe, CDLs e Fecomércio solicitando a revogação do aumento como fizeram outros estados, a governadora se recusou a fazê-lo.

O deputado Gilmar Junior, que é da área de saúde, apontou o que chamou de “gestão precária de vários hospitais públicos, entre eles o HR, a situação do Sassepe, o atraso no repasse do pagamento do piso da Enfermagem, a ineficiência do Juntos pela Saúde e a inércia do Governo diante do aumento de 800% nos casos de Covid esse final de ano”.

Redação blogdellas – Foto: Divulgação

E-mail: redacao@blogdellas.com.br

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